O presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira (15) que desde que passou a morar entre Brasília e São Paulo, nunca viu uma crise hídrica como a atual no DF. A declaração foi dada durante a cerimônia no Palácio do Planalto para liberar R$ 55,5 milhões para obras emergenciais que buscam combater a falta d\’água na capital do país.
Apesar da declaração de Temer, o Palácio do Jaburu, onde reside, e o do Planalto, de onde despacha, foram poupados do racionamento em vigor no DF. Ministérios, tribunais, órgãos públicos federais da Praça dos Três Poderes e da Esplanada dos Ministériso também estão fora da política de cortes sistemáticos de água.
A cerimônia desta terça teve a participação do ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, e do governador do DF Rodrigo Rollemberg, que cobrou da União as verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a construção de uma barragem definitiva que vai captar água do Lago Paranoá. Já licitado, o projeto aguarda os investimentos do governo federal para sair do papel.
No discurso, o governador destacou outras obras que vem sendo conduzidas para aumentar a captação de água no DF e incluiu na lista a de Corumbá IV, construída em parceria com a Saneago, companhia de abastecimento de Goiás. A obra, no entanto, está parada por suspeita de corrupção na parte administrada pela companhia goiana.
Os R$ 55,5 milhões liberados nesta quarta servirão para captar água do Lago Paranoá e encaminhar a outras regiões que, atualmente, são abastecidas pela barragem do Descoberto. Como os recursos fazem parte de um plano de enfrentamento de crises emergenciais do governo federal, a obra tem prazo de seis meses para ser concluída.
Impopular ou populista
Para o presidente, o trabalho para combater a crise hídrica na capital federal está sendo feito com os “pés no chão” e “sem nenhum populismo”. Nas última semanas, o presidente Michel Temer voltou a falar preferir ser “impopular a populista”.
Segundo o presidente Temer, o governo busca melhorar os investimentos públicos no setor hídrico e citou o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), sob comando do ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência). De acordo com Temer, o setor de saneamento é uma das prioridades da iniciativa e conta com o cronograma em dia.
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