Jair Bolsonaro não desiste da ideia fixa de se tornar ditador de fato e de direito. Tentou novamente alcançar esse intento no último fim de semana, ao demitir o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, que não aceitou embarcar em seu devaneio.
A ideia do Presidente era decretar Estado de Sítio, com apoio das Forças Armadas. Azevedo e Silva não topou e foi afastado do cargo. Em solidariedade, os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronática também pediram demissão.
O chefe do Planalto agiu rápido e aproveitou para fazer uma minirreforma ministerial. Transferiu o general Braga Netto para o lugar de Azevedo. No vaga de Braga Netto entrou Luiz Eduardo Ramos, que, ao sair da Secretaria de Governo, abvriu espaço para a deputada Flávia Arruda (PL-DF), indicada pelo Centrão.
André Mendonça, que estava no Ministério da Justiça, voltou para Advocacia Geral da União, de onde saiu Joaquim Levi. Anderson Torres, então secretário de Segurança do DF, foi convocado para o Ministério da Justiça.
Finalmente, o polêmico Ernesto Araújo foi defenestrado do Itamaraty, onde agora está o embaixador Carlos Franca, até então chefe do Cerimonial da Presidência da República.