Não vou falar dos bons comerciais nos intervalos da tevê. Peço sua atenção para os comerciais de gosto duvidoso que passaram a frequentar nossos computadores – isto é, aqueles que, como eu, não sabem expulsar esses intrusos indesejáveis enquanto digitam alguma bobagem.
Você está ouvindo um compositor do qual gosta muito e, de repente, entra na sua tela uma SUV fazendo barulho e – sempre! – mostrando que o veículo tanto serve para desafiar despenhadeiros quanto para estacionar na vaga que mal dá para um fusquinha.
Sugeriria, caso fosse ouvido, um tratamento mais suave para quem não gosta de ser interrompido na audição de uma sonata, por exemplo. Ou de uma canção do Zeca Baleiro. Ou, até – por não? –, de uma dupla sertaneja universitária, atração mais poderosa e prestigiada, ao vivo ou no Instagram.
Mas como este problema de não conseguir tirar zumbido de leptop é muito restrito, fico por aqui, esperando que este distúrbio passe a incomodartambém os gênios da computação.
Etc. e tal. A Filarmônica de Minas, mesmo sofrendo a perseguição das autoridades daquele estado, continua convidando, toda semana, para a próxima audição.