Chico Sant’Anna (*)
Passear e se alimentar estão mais caros para o brasiliense. Os efeitos da maquiagem fiscal, promovida pelo governo federal às vésperas das eleições, estão perdendo força. Mesmo com o teto do ICMS sobre combustíveis, telecomunicações e energia rebaixados, após três meses a inflação dá sinais de retorno.
O DF registrou, em outubro, a segunda maior taxa entre as 16 regiões metropolitanas/municípios pesquisados pelo IBGE, superando, inclusive, a taxa de inflação nacional. A capital apresentou uma elevação da inflação de 0,87%, enquanto no Brasil, como um todo, a alta foi de 0,59%, aferida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A inflação candanga acumulada no ano é de 4,65% e de 6,23% nos últimos 12 meses.
A evolução dos preços se dá de maneira generalizada. Seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Brasília apresentaram altas em outubro. O maior impacto veio do grupo transportes (2%), apesar de ainda haver influência da queda nos preços dos combustíveis (-0,27%) puxada pela redução 2,51% no preço do diesel. A vilã inflacionária foram as passagens aéreas, que ficaram mais caras em 37,59%. Desde o início do ano, viajar de avião está 48,48% mais caro. Manter veículo próprio também pesou mais no bolso, em especial nas despesas de emplacamento e licença (0,87%), que são fixadas pelo GDF, e seguro voluntário de veículo (1,09%).
As despesas com saúde e cuidados pessoais aumentaram 1,54% em outubro, e os itens e serviços de higiene pessoal (3,45%), como perfume (9,36%), e plano de saúde (1,88%). O grupo alimentação e bebidas registrou alta de 0,84% no mês. O resultado foi puxado pelas altas nos tubérculos, raízes e legumes (15,63%). Na alimentação fora do domicílio (0,65%): refeição (0,52%) e lanche (0,94%); nos panificados (1,83%) – pão francês (1,99%); e nas frutas (1,9%): como banana-prata (7,44%) e mamão (7,05%).
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