A inflação em Brasília registrou aumento de 0,22% em setembro, em comparação com agosto. O dado foi divulgado na manhã desta quarta-feira (11) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), durante apresentação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice apresentou variação positiva em 12 das 13 localidades pesquisadas. O número registrado em setembro foi a sexta maior inflação entre as regiões.
De acordo com o estudo, o valor registrado em setembro se mantém acima da média do País, que registrou inflação mensal de 0,16%.
Com 0,22%, Brasília acumula no ano inflação de 2,19% e, nos últimos 12 meses, variação de 3,99%. A nível nacional, esses valores são de 1,78% e 2,54%, respectivamente.
Apesar do aumento, o número acumulado em 12 meses está no intervalo de limites do Banco Central. “O órgão nacional tem como meta de inflação 4,5%, com variação, e a gente está dentro dessa possibilidade de meta”, explicou o diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Bruno de Oliveira Cruz.
Dos grupos que integram o índice no DF, o de Transportes, com 2,61% de variação, está entre os responsáveis pela inflação em setembro. Os Combustíveis foram os que apresentaram movimento de alta mais significativo (5,96%), impactado pela elevação do preço da gasolina (6,40%).
Ainda nos grupos que ajudaram com o aumento inflacionário estão Comunicação (0,64%), Despesas Pessoais (0,51%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,40%) e Vestuário (também 0,40%).
Quanto à deflação, os grupos com queda nos índices foram Alimentação e Bebidas (-1,49%), Artigos de Residência (-1,28%), Habitação (-0,28) e Educação (-0,1%).
Em Habitação, a redução de 0,28% em setembro foi puxada pela queda de 3,19% na energia elétrica residencial, associada à política de adoção do sistema de bandeiras tarifárias, saindo da vermelha para a amarela.
Queda em alimentação e bebidas
O grupo de Alimentação e Bebidas, que representa um quinto do orçamento familiar em Brasília, teve queda de 1,49%, em comparação com o mês anterior.
O resultado foi a menor variação entre as regiões e se deu porque, em setembro, houve redução nos dois subgrupos: alimentação no domicilio, com queda de 0,52%, e alimentação fora do domicílio, com redução de 2,71%.
Entre os itens que fazem parte do subgrupo de alimentação no domicílio, os que mais contribuíram para o resultado foram tubérculos, raízes e legumes (-12,80%), cereais, leguminosas e oleaginosas (-2,81%), aves e ovos (-2,08%) e carnes e peixes industrializados (-1,92%).
As altas ficaram por conta de hortaliças e verduras (2,21%), frutas (1,99) e panificados (1,34%).
Já em relação à alimentação fora do domicílio, a principal redução de preços foi sentida nos preços das refeições, com queda de 4,44%, além de refrigerantes e água mineral (-0,81%).
INPC têm o terceiro menor resultado entre as regiões pesquisadas
Durante a divulgação dos números do IPCA de setembro, também foram apresentados os dados relativos ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para o último mês em Brasília.
Enquanto o IPCA calcula a inflação baseada na estrutura de gastos de famílias com renda de um a 40 salários mínimos, o INPC tem como base um a cinco salários mínimos.
Em setembro, o INPC em Brasília apresentou queda de 0,16%, apresentando o terceiro menor resultado entre as regiões pesquisadas.
A nível nacional, a variação negativa foi de 0,02%, o que representou estabilidade, de acordo com o estudo. No mês anterior, o resultado havia sido de -0,03%.
No ano, o índice no DF acumula variação de 1,96%, e, em 12 meses, o índice é de 3,40%.
Na comparação mensal a queda é observada apenas em quatro dos nove grupos de despesas. Entre os que apresentaram alta estão Transportes (0,82%), também devido aos preços dos combustíveis, em especial, da gasolina.
Em seguida vêm Saúde e Cuidados Pessoais (0,64%) e Comunicação (0,49%). Vestuário apresentou aumento de 0,42%, e Despesas Pessoais, de 0,40%.
As quedas registradas ficaram por conta dos grupos de Artigos de Residência (-1,19), Alimentação e Bebidas (-1,16%), Habitação (-0,33) e Educação (-0,13).
Acesse a pesquisa do IPCA e do INPC apresentada pela Codeplan nesta quarta-feira (11).