Em recente levantamento realizado pelo Instituto de Longevidade MAG, o reajuste promovido pelo governo federal aos beneficiários do INSS, de 5,93%, ficou abaixo do índice inflacionário registrado no segmento em 2022, que alcançou 6,4%.
O cálculo usa como parâmetro o IPCA dos Aposentados, índice criado por economistas do Instituto, e aponta perda real de renda em 11 de 16 regiões metropolitanas do país.
O índice considera a mesma variação dos itens que compõem o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Final), que serve como parâmetro para definir a meta de inflação. Contudo, é feito um recorte levando em consideração o peso de cada produto e serviço com base na cesta de consumo das famílias chefiadas por aposentados.
Núcleos familiares liderados por pessoas com mais de 50 anos têm o perfil de consumo mais direcionado aos gastos com saúde, transportes, comunicação e artigos de residência. Por outro lado, gastam relativamente menos com habitação, educação, alimentação e despesas pessoais.
Segundo o IBGE, a população brasileira com menos de 50 anos aumentou apenas 1% nos últimos dez anos. Já a parcela com 50 ou mais cresceu 35%, dado que ressalta a importância de se analisar o impacto da inflação nesse segmento de público.