Da Redação
A Marinha do Brasil continua as buscas nesta terça-feira (7) pelo indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e pelo jornalista inglês Dom Phillips, que estão desaparecidos na Amazônia, através de um helicóptero, duas embarcações e uma moto aquática. Desde o anúncio do desaparecimento, nesta segunda-feira (6), a corporação é a responsável por conduzir as atividades de busca na região com o Comando de Operações Navais.
O servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai) Bruno Araújo Pereira e o jornalista Dom Phillips, colaborador do jornal britâncio “The Guardian”, sumiram na região do município de Atalaia do Norte (AM) no domingo (5). O caso é investigado pela Polícia Federal (PF). A Funai também está acompanhando a situação, em contato com as forças de segurança que atuam na região. Segundo a entidade, o indigenista não estava em missão institucional.
Bruno e Phillips fazem expedições juntos desde 2018, segundo o “The Guardian”. Conforme nota da União dos Povos Índigenas do Vale do Javari (Univaja), Bruno é “experiente e profundo conhecedor da região, pois foi Coordenador Regional da Funai de Atalaia do Norte por anos”. Phillips mora em Salvador e faz reportagens sobre o Brasil há mais de 15 anos para vários veículos.
A terra indígena Vale do Javari, região na qual estão desaparecidos, fica na fronteira com o Peru e a Colômbia. Segunda maior terra indígena do país, tem 8,5 milhões de hectares demarcados; a primeira é a Yanomami, com 9,4 milhões de hectares. A região tem histórico de assassinato de um outro agente federal, além de conflitos como tráfico de drogas, roubo de madeira e avanço do garimpo, constantes na Amazônia. O acesso é restrito por vias fluviais e aéreas.
Com informações do G1.