O acampamento Terra Livre está completando 20 anos e reúne da segunda-feira (22) e em sua 20 edição praticamente repetem as pautas das últimas duas décadas, o marco temporal e a demarcação de novas reservas indígenas. O acampamento que desta vez está instalado no Eixo Monumental, na altura da antiga Funart e fazem manifestações localizadas até sexta-feira, 26 de abril, quando o ato será encerrado.
Organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), o tema do acampamento este ano é “Nosso marco é ancestral. Sempre estivemos aqui” que tem como pano de fundo lutar contra o Marco Temporal no Supremo Tribunal Federal (STF). A Apib defende que o Marco Temporal, na forma que está no STF é o genocídio dos povos originários.
Segundo o texto, os povos originários só podem reivindicar a ocupação de áreas que já ocupavam até 1988, quando foi promulgada a Constituição Federal. A outra reivindicação dos indígenas é que o governo Lula aumente a área demarcada para os povos originários, conforme foi prometido durante a campanha presidencial.
No governo Bolsonaro antecessor do governo Lula não houve demarcação de terras indígenas ou para qualquer outro povo originário. O que aconteceu foi o aumento de terras invadidas para o garimpo e para a agricultura e pecuária irregulares. No ano passado cerca de 6 mil indígenas e representantes de outros povos originários estiveram no acampamento. Este ano os líderes querem pelo menos dobrar este número.