Integrante de uma bancada de 17 deputados em que parte deles defende o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o brasiliense Augusto Carvalho (SD) considera a medida prematura. “Sou a favor das manifestações democráticas contra os desmandos dos dois governos dela. Porém, para justificar o impedimento da presidente, é necessário que exista a comprovação da prática de crime. E isto não está materializado”, justifica.
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Parlamentarismo, a solução
Para Augusto Carvalho, seria mais fácil a substituição do mandatário da nação se o Brasil adotasse o parlamentarismo, a exemplo de muitos países desenvolvidos. Nesse sistema político, é possível, inclusive, a dissolução do Parlamento, sem traumas, e convocação de novas eleições, o que não ocorre no presidencialismo brasileiro.
Refém de si própria
Carvalho avalia, ainda, que Dilma tornou-se refém de seu governo anterior. “Ela foi leniente. Tolerou a sangria na Petrobras. Tolerou a Graça Foster. Tolerou Guido Mantega e a sua “contabilidade criativa”. Tudo isso a levou ao descrédito junto à opinião pública.
Herois da Pátria
O deputado do SD refuta a avaliação dos petistas de que os manifestantes do dia 15 fossem integrantes da elite branca, ou burguesia. “Eu estava na Esplanada. E o que vi foi a presença de verdadeiros heróis da Pátria protestando contra o aumento de 40% da energia elétrica e o engodo que o governo diz ser “Patria Educadora”. Ali estavam representados os 60% da população que rejeitam o governo, e não coxinhas ou pessoas da chamada varanda gourmet. Esta é uma tentativa sacana do PT de proclamar sociedades desiguais em nosso país”.