O último mandato de Joaquim Roriz como governador do Distrito Federal foi em 2006. Mais de uma década depois, Ibaneis Rocha assumiu seu primeiro cargo eletivo ao se sentar na mesma cadeira do antecessor. É somente esse lastro de tempo que diferencia os dois, pois a trajetória e a estratégia política deles se assemelhambastante, superando o fato de ambos terem comungado na mesma legenda – o Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
A exemplo de Roriz, Ibaneis almeja o mesmo objetivo de engatar um mandato após o outro. E tem se tornado useiro e vezeiro de uma tática infalível do ex-governador morto em 2018 em decorrênciade complicações de infecção pulmonar. Para captar e fidelizar votos, o atual chefe do Executivo abriu a caixa de bondades e decidiu resolver a questão de moradia, seja legalizando, facilitando ou entregando as chaves da casa própria para pessoas de baixa renda e de classe média.
Agindo dessa forma, Ibaneis repete o gesto de Roriz, que não perdia uma eleição graças ao voto de gratidão dos eleitores beneficiados por com imóveis, principalmente os das cidades que ele erguia do dia para noite. É o caso de Samambaia, Santa Maria, Recanto das Emas, Riacho Fundo I e II, Itapoã, Estrutural, além de Águas Claras, para aclasse média. Sem contar as expansões desordenadas nas regiões já existentes, como Ceilândia e Brazlândia, que ganharam a QNR e a Vila São José, respectivamente.
Ibaneis começou o mandato apenas continuado o processo de entrega de imóveis populares e regularização de condomínios iniciada timidamente por seus antecessores Agnelo Queiroz (PT) e Rodrigo Rollemberg (PSB). Ambos concentraram suas fichas fundiárias nos condomínios verticais do Riacho Fundo e Itapoã. Entregando as chaves de um punhado de mutuários aqui e outro acolá. Mas nada que os catapultasse à reeleição.