Ao encerrar seu primeiro mandato como governador, em dezembro do ano que vem, o governador Ibaneis Rocha (MDB) deixará um importante legado para a Saúde Pública do Distrito Federal. Ele construiu mais um hospital em Ceilândia, ampliou o número de leitos de vários outros e oferecerá à população que busca o serviço público gratuito mais sete Unidades de Pronto-Atendimento (UPA), totalizando 13 em 12 cidades (Ceilândia já conta com uma pronta).
Ainda neste ano, devem ser entregues as UPAs de Ceilândia, Paranoá, Riacho Fundo, Brazlândia, Gama, Vicente Pires e Planaltina. Elas se somarão às unidades de Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião, Sobradinho e Ceilândia. Cada UPA foi projetada para atender 4,5 mil pessoas por mês e possui dois leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), seis leitos de observação com suporte ventilatório e três consultórios. E vai oferecer exames laboratoriais de urgência e raios-X.
O custo estimado das novas UPAs, incluindo equipamentos, é de R$ 46 milhões. De acordo com relatório da Diretoria de Administração e Logística do Iges-DF, o instituto já tinha pago R$ 13 milhões do total estimado.
Obras da gestão anterior são concluídas
O governador avocou para si obras abandonadas pela gestão passada. É o caso da Unidade Básica de Saúde do Gama, na QI 6, que, em 2016, chegou a ter as obras iniciadas, mas, quando Ibaneis assumiu, encontrou no local apenas esqueletos do que seria a UBS. Então, decidiu transforma-la em UPA, incluindo-a no pacote de UPAs a serem construídas.
A UPA do Gama atenderá as comunidades dos setores de Indústrias e Leste. Vai funcionar 24h e prestará o primeiro atendimento aos casos emergenciais, estabilizando os pacientes e realizando a investigação diagnóstica inicial, definindo a necessidade de encaminhamento a serviços hospitalares de maior complexidade.
A reportagem do Brasília Capital esteve lá para conferir o andamento das obras. De acordo com o mestre de obras da empresa Civil Engenharia, José Paixão, as obras estão 80% prontas. “Aqui não leva mais que 60 dias para estar em pleno vapor”, disse o entusiasmado funcionário.
O otimismo também contagiou o morador do Setor Leste. Alceu Aguiar, 59 anos, que é feirante. “Agora sai. Isso aqui parecia um cemitério. Achei que nunca fosse ser construída. Mas agora vejo que vai ficar pronta. Graças a Deus”, disse.
Ceilândia ganha hospital materno infantil
Ao lado da UPA de Ceilândia, unindo o útil ao agradável, Ibaneis aproveitará a estrutura do Hospital de Campanha da cidade para manter ali, após a pandemia de covid-19, o Hospital Materno Infantil.
Construída numa área 22.900 metros quadrados, a unidade tem 60 leitos, sendo 40 de enfermaria e 20 com suporte ventilatório (Unidade de Terapia Intensiva). Esses leitos serão regulados: 50% panorama 1 e 50% panorama 3. O hospital fica na QNN 27, ao lado da Upa de Ceilândia.
A gestão Ibaneis Rocha ainda entregou o anexo do hospital acoplado de Samambaia, uma extensão do Hospital Regional (HRSam). A unidade tem 98 leitos de enfermaria e quatro de isolamento para auxiliar no atendimento aos pacientes com covid-19. A construção foi toda feita em pré-moldado, o que garantiu agilidade na execução. Enquanto uma construção normal levaria mais de seis meses para ficar pronta, a modular foi finalizada em 35 dias.