Em entrevista ao Correio Braziliense nesta terça-feira (19), o governador Ibaneis Rocha (MDB) citou a CEB como “exemplo” para defender a privatização da Rodoviária do Plano Piloto. E reconheceu que o assunto não é unanimidade entre os deputados distritais.
“Temos uma posição dos partidos de esquerda serem contra a privatização, mas sabemos dos benefícios que isso gera. Basta ver o exemplo da CEB Distribuidora, que foi privatizada. O investimento da Neoenergia, no melhoramento do parque tecnológico de distribuição no DF, foi de R$ 700 milhões, ao longo de dois anos de privatização. Isso corresponde a 10 anos do investimento que seria feito se tivesse no modelo estatal”, comparou.
Ibaneis argumentou que repassar o terminal à iniciativa privada é necessário porque “é muito difícil o poder público manter todos os serviços”. “É difícil do ponto de vista das licitações, que são mais demoradas, para fazer reparo de escada rolante, elevador, banheiro. Tudo isso depende de no mínimo 45 dias, enquanto a população sofre”.
“Estou convencido que esse é o caminho correto (privatização), acho que o Estado tem que sair dessas coisas que são importantes para a sociedade, mas que o Estado não tem capacidade de gerir. Sou favorável ao Estado mínimo, que cuida de saúde, educação, segurança e infraestrutura básica para a população. É assim que vou continuar trabalhando, com essa mentalidade, acho que está dando certo”, completou.
Perguntado se a privatização da Rodoviária resultaria em aumento de tarifa, o chefe do Executivo foi enfático. “Não temos previsão de aumento de tarifas. Apesar de o GDF ter um encargo muito grande com o transporte público por conta das gratuidades que são concedidas. Isso gera impacto na ordem de R$ 2 bilhões por ano, isso é muito dinheiro”.