A maioria das pessoas retorna para casa enquanto ainda há luz solar, reduzindo a demanda em horário de pico. Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília
O horário brasileiro de verão começa a zero hora de domingo (15). A partir desse dia, os relógios precisam ser adiantados em uma hora. A medida estará vigente até as 23h59 de 17 de fevereiro de 2018. O principal objetivo do horário de verão é reduzir a demanda por energia no horário de pico, ou seja, das 18 às 21 horas, e evitar sobrecarga. No último ciclo (2016/2017), por exemplo, houve redução de 2% nesse horário, o que representa 25 megawatts.
O alívio no sistema é equivalente, aproximadamente, à carga de Santa Maria em horário de pico. Em 2015/2016, a Companhia Energética de Brasília (CEB) registrou redução de cerca de 3% no consumo. A diminuição da demanda por energia ocorre porque, com a mudança, o encerramento de atividades se dá geralmente enquanto ainda há luz solar, que substitui a iluminação pública.
Os postes em Brasília têm sistema que reconhece a ausência de energia solar. Por isso, a lâmpada acende ou apaga automaticamente. São 293.876 pontos de iluminação pública no DF. De acordo com o Decreto Federal nº 6.558, de setembro de 2008, o horário de verão vai sempre do terceiro domingo de outubro ao terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte — ou quarto, no caso de coincidir com o carnaval. A vigência é variável, mas, em média, tem sido de 120 dias.
Sul, Sudeste e Centro-Oeste
No Brasil, a medida foi instituída em 1931 pelo presidente da República Getúlio Vargas. Na estreia e no verão seguinte, durou quase meio ano. Depois, a adoção foi retomada em períodos não consecutivos, de 1949 a 1953; de 1963 a 1966; e a partir de 1985 até agora.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, quanto mais próximo da linha do Equador uma região está, menos eficiente é o horário. Por isso, as Regiões Norte e Nordeste do País não são afetadas.
Além do Brasil, a mudança ocorre em países como: Argentina, Austrália, Bahamas, Canadá, Chile, Cuba, Egito, Estados Unidos, Guatemala, Haiti, Honduras, Irã, Iraque, Israel, Líbia, Marrocos, México, Nova Zelândia, Paraguai e Uruguai.