Um homem morreu na manhã desta sexta-feira (28) ao não conseguir vaga em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pública. O vigilante Moisés Nunes Alkmim Barbosa, 36 anos, teve uma parada cardíaca num ponto de ônibus do Setor de Rádio e TV Sul, foi atendido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu. Morreu minutos depois de dar entrada no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF).
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Segundo familiares, ele começou a se sentir mal em casa, em São Sebastião, na última terça-feira (25). Procurou atendimento no Hospital do Paranoá e ficou em observação das 10h às 15h. A equipe médica da unidade de saúde constatou a gravidade da situação –ele tinha insuficiência cardíaca– e tentou transferí-lo para uma UTI em outro hospital mais equipado, mas não havia vagas.
Moisés retornou para casa. Na manhã dessa quinta-feira (27), ele recebeu a visita de um médico do programa Saúde em Casa. O profissional teria alertado que ele corria risco de morrer se não fosse tratado o mais rápido possível e reiterou a necessidade de internação. Na manhã desta sexta (28), Moisés, a esposa e a irmã saíram de casa, no Paranoá, rumo ao Hospital de Base, mas ele passou mal assim que desembarcou do ônibus.
Uma equipe do Samu foi acionada e tentou reanimar o vigilante por 40 minutos. Levado ao HBDF, os médicos tentaram reverter o quadro com medicamento para aumentar a força cardíaca, mas as tentativas foram em vão. O óbito de Moisés foi confirmado às 10h15.