GAZA — Um dia depois da morte de três comandantes do Hamas pelas forças israelenses, militantes do grupo fundamentalista islâmico executaram nesta sexta-feira 18 palestinos suspeitos de colaborar com Israel em ataques aéreos que atingiram a Faixa de Gaza. Entre as vítimas, 11 foram mortos em um posto policial abandonado no território palestino. Outros sete morreram em uma execução pública na praça central de Gaza, informaram testemunhas e um site do Hamas.
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Segundo o site pró-Hamas “al-Majd”, as vítimas estavam com a cabeça coberta e mãos atadas, e foram mortas a tiros por homens armados, mascarados e vestidos de preto na frente de uma multidão de fiéis diante de uma mesquita após as orações.
As execuções foram em retaliação ao ataque aéreo israelense que matou três dos principais comandantes militares do Hamas na quinta-feira. Entre os líderes, estavam Muhammad Abu Shamalah e Ra\’ad Atar, ambos envolvidos no sequestro do soldado israelense Gilad Schalit, em 2006. Israel também tentou matar Mohammad Deif, o comandante de uma ala militar do grupo fundamentalista, mas não está claro se ele morreu.
Na quinta-feira, outros três palestinos suspeitos de colaboração com Israel foram executados, de acordo com o Hamas. Os três estavam entre os sete colaboradores suspeitos que foram presos enquanto buscavam alvos na Faixa de Gaza para o Exército israelense atacar. Não ficou claro se os outros presos também seriam executados.
MAIS ATAQUES
Quatro palestinos morreram nesta sexta-feira em ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza, anunciaram os serviços de emergência. Dois morreram em um ataque em Nuseirat contra uma casa e os outros dois em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, afirmou o porta-voz dos serviços de emergência, Ashraf al-Qudra. Os motivos dos ataques contra os alvos não foram revelados até o momento.
Mais de 2.080 palestinos e 67 israelenses morreram desde o início da ofensiva militar israelense, em 8 de julho, contra o Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Cerca de 70 morreram desde o fim do cessar-fogo de nove dias na terça-feira à noite e do fracasso das negociações indiretas entre as delegações israelense e palestina no Cairo.