O jovem Guilherme ficou tetraplégico após um acidente de carro, no qual ele foi vítima de atropelamento. No hospital, antes que uma possível depressão ou revolta tivesse espaço, reparou que alguns pacientes só podiam movimentar os olhos. Então, num gesto de gratidão ao Criador, agradeceu por estar vivo. Por, embora ter sofrido traumatismo craniano, poder ver e falar. “A gratidão é fator importante para a felicidade”, ensina. Segundo Guilherme, devemos praticar os quatro conselhos de Chico Xavier: Amor, Fé, Trabalho e Instrução.
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Uma amiga que o visitou, perguntou-lhe do por quê Deus ter lhe castigado. Mas uma tia, com uma postura de sabedoria, perguntou-lhe: por que Deus lhe deu esta chance? Segundo Guilherme, tudo depende da forma como enxergamos as oportunidades que Deus nos dá. Para ele, Deus não castiga ninguém. Apenas, como pai, educa. Devemos orar e confiar.
Guilherme não se entregou e nem desenvolveu o complexo de coitadinho. Ao contrário, foi à luta. E, com o pouquíssimo movimento que restou na mão esquerda, faz parte da seleção brasileira de atletas paraolímpicos.
Como Guilherme, Jerônimo Mendonça – o gigante deitado – hoje desencarnado, que além de tetraplégico era cego, também deu a volta por cima. Foi após a leitura do livro \”Apenas Uma Sombra de Mulher\”, de Fernando D\’O. Resolveu arregaçar as mangas e andar pelo país pregando o Evangelho de Cristo, além de administrar um orfanato para 150 crianças em Ituiutaba-MG. Era o bom humor em pessoa. Perto dele não tinha quem não se alegrasse.
Guilherme gosta de repetir um antigo adágio: \”se a vida lhe deu um limão, faça dele uma limonada\”.
É! Guilherme está certo. Reclamar, revoltar-se e achar-se coitadinho somente lhe fará antipático e insuportável.