Assim como Nova York (EUA) e outras cidades mundiais, a comunidade de Águas Claras pretende declarar guerra às embalagens, pratos e copos de isopor. Na cidade americana, desde o dia 1º de julho, está proibido vender, oferecer ou possuir qualquer produto feito de isopor. As empresas e comerciantes têm seis meses para se adaptar. Depois desse prazo, serão multadas.
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Em Águas Claras a Associação dos Amigos e Moradores da cidade (Amaac) está fazendo uma parceria com a cooperativa ceilandense Recicleavida, que é a única cooperativa do DF que tem uma máquina de reciclagem de isopor. Os moradores de Águas Claras pretendem criar pontos de coleta de isopor e encaminhar para a reciclagem. “Assim estaremos ajudando na preservação do meio ambiente e ajudando na geração de renda de muitas famílias”, afirma Ruben Costa, presidente da Amaac.
Mesmo o isopor representando uma parcela pequena do lixo, ambientalistas afirmam que o problema ganha outras dimensões quando ele chega no mar. Segundo Douglas McCauley, professor de biologia marinha da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, há dois problemas causados pelo isopor para os animais marinhos, um químico e o outro, mecânico.
\”O mecânico é bem fácil de se ver. Encontramos espuma de isopor no intestino de animais – e isso pode ser letal\”, diz. Já o aspecto químico tem a ver com a propriedade absorvente do material. \”O isopor age como uma pequena esponja poluente, capturando todos os compostos que mais contaminam o oceano. E então um animal engole isso, pensando ser uma água-viva\”.
E isso não é perigoso apenas para os animais marinhos para o oceano como um todo. Pode também ser prejudicial para os humanos. \”É preocupante que um peixe que ingeriu tudo isso acabe nas nossas mesas\”, afirma.