Manifestantes ligados a movimentos sociais do campo ocuparam a sede do Ministério das Cidades, em Brasília, na manhã desta terça-feira (20) para cobrar a retomada das ações do programa Minha Casa, Minha Vida para áreas rurais. De acordo com os representantes do ato, o déficit de habitações chega a 35 mil unidades. A entrada de funcionários foi barrada, mas mão houve registro de confusão no ato, classificado como “tranquilo” pela Polícia Militar.
- Advertisement -
A corporação estimava a presença de 300 pessoas no local. De acordo com os manifestantes, eram esperadas 1,5 mil. Entre os representantes do ato estão o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar (Fetraf).
\”É urgente a contratação imediata de 35 mil unidades habitacionais para o campo. Nosso levantamento aponta que há um déficit de 10 mil unidades para assentados da reforma agrária, 17 mil unidades para a agricultura familiar tradicional e mais 8 mil unidades para indígenas, quilombolas e extrativistas\”, disse o representante do MST, Alexandre Conceição.
O militante disse ainda que o grupo só vai desocupar o prédio após ter uma reunião marcada com o ministro Gilberto Kassab. \”Viemos com hora de chegada, mas sem hora de saída. Queremos uma reunião de negociação com resultado concreto.\”
Os movimentos sociais ainda exigem a ampliação dos recursos destinados para o financiamento de cada unidade habitacional. Atualmente, o valor é de R$ 30,5 mil para a região Norte e R$ 28,5 mil para as demais regiões.
\”Nossa proposta é de que, na região Norte, o investimento seja de R$ 40 mil por cada unidade habitacional e, nas demais regiões, R$ 36,6 mil. A moradia é um direito do trabalhador do campo e isto tem que ser oferecido de forma digna pelos programas governamentais. Não é só por que estamos no meio rural que temos que ter subsídios menores\”, disse o integrante da Contag David Wilkerson.
Leia mais: