Em meio à paralisação governamental provocada pela transição de governos, os grileiros não perdem tempo. Em pleno domingo, uma nova invasão surgiu na área chamada Santa Luzia. Pelo menos 300 famílias estariam levantando barracos e demarcando lotes. Informações preliminares apontam que no comando dessa ação estaria um candidato a deputado distrital, que não teve êxito nas eleições passadas. A invasão já ameaça o Parque Nacional de Brasília, onde se localiza a Água Mineral, e estaria próximo à cerca das instalações do Exército Brasileiro. A secretaria das Cidades, comandada pelo advogado Everardo Gueiros, está ciente do que está acontecendo – o próprio secretário esteve no local -, mas, até o fechamento dessa postagem, nem a Agefis, nem o Ibram, nem a Polícia Militar tinham se feito presente no local da invasão.
Invasão eleitoreira
Bambu, palets, carretéis de cabos de iluminação pública, lonas plásticas…, tudo é matéria prima para delimitar o lote e começar erguer um barraco. Rapidamente, a paisagem perde a vegetação original do cerrado e dá espaço ao descampado que vai sendo entrecortado pelos ocupantes. Rapidamente, um gato na rede pública assegura energia elétrica aos novos barracos.
Segundo moradores da Estrutural, nem todos que tentam assegurar esse espaço estão desprovidos de moradia. “Tem gente com casa e casa boa, ou comércio na Estrutural Tradicional, mas que invadiram a Santa Luzia só pra fazer dinheiro. Se for regularizado venderão daqui uns meses e ganharão um bom dinheiro” – afirma um morador que prefere o anonimato com medo de represália.
Localizado atrás da Cooperativa Capital Reciclagem, esse local fica fronteiriço ao Parque Nacional de Brasília. Essa ocupação teve início em 2014, quando das eleições no fim do governo de Agnelo Queiroz. O mesmo político apontado agora como líder do movimento teria motivado os invasores naquela ocasião. No início do governo Rollemberg, o então administrador da Estrutural, Evanildo da Silva Macedo Santos, à época filiado ao PSB, cogitou em regularizar a invasão. Sua iniciativa logo esbarrou no Ministério Público e na Justiça.
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