A situação para quem depende de ônibus para ir ao trabalho começou a ser normalizada, mas moradores de pelo menos oito cidades do Distrito Federal ainda enfrentam dificuldade nesta terça-feira (9/12). Depois de cinco dias de sufoco, na tarde dessa segunda-feira (8/12), rodoviários da Pioneira e da Urbi decidiram retomar as atividades, depois que o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) repassou R$ 30 milhões para as empresas que operam o serviço na capital. Porém, hoje, os passageiros de Ceilândia, Guará, Águas Claras e parte de Taguatinga e Park Way ainda devem enfrentar a falta de coletivos. A Marechal não conseguiu fazer as transferências para os trabalhadores. E eles são enfáticos: só retornarão quando o dinheiro cair na conta bancária.
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De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, as cooperativas MCS e Alternativa _ que atendem os moradores de Recanto das Emas e Brazlândia, respectivamente – também não têm previsão para retornar ao trabalho, pois as empresas não receberam repasse do governo. Para piorar, os rodoviários devem parar também a circulação de ônibus articulados, incluindo os do Expresso DF. A categoria reivindica um acréscimo de 10% no salário de motoristas desses coletivos, benefício que, segundo o sindicato, não é depositado desde setembro.
A paralisação de cerca de 8 mil motoristas e cobradores prejudica a população desde a última sexta-feira e deixou milhares de passageiros reféns de vans, coletivos e veículos piratas. Os motoristas irregulares invadem as baias destinadas aos ônibus convencionais e cobram de R$ 5 a R$ 10 por passagem.