Os consumidores devem se preparar para transtornos nesta segunda-feira (23/5). Aqueles que tiverem que encher o tanque podem enfrentar dificuldades devido à ameaça de greve dos frentistas de postos de combustíveis. Por meio de nota, o sindicato que representa a categoria, o Sinpospetro-DF, informou que a paralisação começaria a partir das 6h da manhã de hoje e continuará por tempo indeterminado. No entanto, até por volta das 7h, alguns postos ainda funcionavam normalmente.
Os trabalhadores reivindicam reajuste de 21,5% nos salários, correção de 40% na participação sobre lucros e resultados e aumento do vale-alimentação de R$ 13 para R$ 20, retroativo a 1º de março, data-base da categoria. Os empresários, no entanto, se mantêm irredutíveis e alegam que, dado o atual contexto da economia, de queda no consumo de derivados de petróleo, não têm como atender os pleitos. Eles oferecem reajuste de 6% sobre os salários e de 1% no tíquete-refeição.
O clima nos postos é de descontentamento. Os frentistas alegam que há margem suficiente de lucro para que os patrões concedam o que pedem ou pelo menos melhorem a contraproposta. A disposição realmente é de interromper os serviços, conforme decidido em assembleia em 15 de maio. Pelo menos 70% dos 322 postos em operação no Distrito Federal devem ser atingidos.
Atualmente, segundo o Sinpospetro-DF, o salário médio mensal dos frentistas é de R$ 1.222,67. Já lavadores, enxugadores, borracheiros e aqueles que fazem serviços gerais ganham R$ 1.086,99. O Correio não conseguiu localizar os responsáveis pelo sindicato patronal até o fechamento desta edição.