A ativista Greta Thunberg foi eleita nesta quarta-feira (11), pela revista norte-americana Time, como a \’\’Pessoa do Ano\’\’ de 2019. A jovem sueca, de 16 anos, é a pessoa mais jovem a ser indicada ao prêmio.
Greta inspirou movimentos estudantis na luta em defesa da natureza e contra o aquecimento global. Ela começou a ganhar fama em agosto de 2018, quando deu início a um protesto solitário em frente ao Parlamento sueco. O ato recebeu apoio nas redes sociais e foi seguido pelo mundo sob o nome de \”Fridays For Future\”. Seu objetivo era que o País se adequasse à meta do Acordo de Paris, que estabelecia a contenção do aumento da temperatura do planeta a menos de 2ºC até o final do século.
A ativista já discursou eventos internacionais como a Conferência do Clima da ONU, a COP24 e o Fórum Econômico Mundial. Nas ocasiões Greta ficou marcada por suas falas firmes e cobranças à autoridades por ações imediatas diante de uma crise global do clima.
Na marcha pelo clima que ocorreu neste ano, em Nova York, a ativista falou: “As pessoas que têm poder em todo o mundo são iguais em promessas vazias, em mentiras, em inação. A gente não tomou as ruas, não sacrificou nossa educação para fazer selfies com políticos que dizem que nos admiram. O que queremos é um futuro seguro. Estamos aqui para acordá-los”.
A \”Pirralha\” – Ontem, um dia antes do título concedido pela revista, o presidente Jair Bolsonaro se referiu a jovem como “pirralha”. Ele fez críticas ao espaço que a ativista ambiental recebe da imprensa após ela compartilhar um vídeo sobre as mortes de índios brasileiros. Greta afirmou que eles são assassinados ao tentarem proteger a floresta do desmatamento ilegal.
Algumas horas após a declaração de Bolsonaro, Greta alterou a sua descrição no Twitter para \”Pirralha\”.