Da Redação
O candidato da Federação Brasil da Esperança ao governo do Distrito Federal, o professor e deputado distrital Leandro Grass (PV), diz estar sendo perseguido pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) por conta das denúncias de corrupção que tem feito sobre a atual gestão.
Os advogados da campanha do candidato à reeleição já ingressaram com duas representações no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) para impedir Grass de fazer as críticas. “Lamentamos não poder mostrar a verdadeira face do atual governo”, diz o oposicionista.
O candidato do presidente Lula ao GDF ressalta que “existem diversos indícios e fatos revelados pela imprensa e apurados pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) que expõem a corrupção do atual governo”.
Denúncias
Os principais casos de corrupção estão na gestão da Saúde. O Instituto de Gestão Estratégica em Saúde (Iges-DF) – que foi criado no governo Ibaneis e já teve seis presidentes em menos de quatro anos – é investigado por irregularidades em diversos contratos, como o aluguel de um prédio por R$ 17,2 milhões para um amigo do governador; e um contrato superfaturado em R$ 33 milhões para serviços de informática, durante a gestão do ex-secretário de Saúde Francisco Araújo, preso em uma operação por causa de denúncia de superfaturamento na compra de testes de covid-19.
“Em 2018, Ibaneis disse que acabaria com a gestão privada da saúde, mas transformou o Iges em uma fonte de escândalos”, denuncia. Leandro Grass se compromete a acabar com o Instituto, mas de forma responsável. Uma de suas primeiras ações como governador, garante, será tirar o Iges da gestão do Hospital de Base, do Hospital de Santa Maria e das UPAs. E aproveitar os cerca de 7 mil profissionais contratados em outras áreas da Saúde, como na atenção primária, por exemplo.
Outra denúncia ligada a Ibaneis Rocha envolve o uso do orçamento secreto, o maior escândalo do governo Bolsonaro. O GDF foi beneficiado para indicar o uso de R$ 22 milhões em ações do seu interesse. Desse total, Ibaneis mandou R$ 7 milhões para o Piauí (uma parcela para Corrente, a cidade onde viveu boa parte da vida).
Outros quase R$ 5 milhões foram para o município de Sebastião Barros, onde o governador tem fazenda de gado, para a compra de caminhões, a reforma de estradas e a iluminação perto de suas terras. “Todo esse montante poderia ter sido aplicado aqui no DF ou na região do Entorno. Por que não foi?”, questiona Grass.