Brasília atualmente abriga cerca de 3 milhões de habitantes — seis vezes a capacidade prevista pelos fundadores da capital federal. Esse crescimento populacional acelerado traz um desafio diário para o Governo do Distrito Federal (GDF): a necessidade de uma infraestrutura urbana que atenda às demandas contemporâneas da cidade. Desde 2019, quase um bilhão de reais foi investido apenas na ampliação das redes de drenagem e captação de águas pluviais em diversas regiões administrativas.
As intervenções realizadas em várias partes do Distrito Federal vão além do simples escoamento das águas da chuva. Elas visam também proteger os cursos hídricos que abastecem Brasília, incluindo o Lago Paranoá, um importante espaço de lazer e esporte. Nesse contexto, as lagoas de detenção se destacam como elementos cruciais para o controle da qualidade da água que é liberada.
Essas estruturas, fundamentais para o sistema de drenagem pluvial, permitem a retenção temporária das águas das chuvas, assegurando sua liberação gradual nos cursos d’água, o que ajuda a evitar inundações e a sobrecarga dos córregos e rios. Além disso, essas lagoas filtram sedimentos e resíduos antes que as águas cheguem aos mananciais, contribuindo para a sustentabilidade ambiental.
Até agora, o GDF já investiu mais de R$ 900 milhões em diversas obras, que incluem não apenas drenagem, mas também pavimentação, acessibilidade e paisagismo. Desses recursos, R$ 230 milhões foram exclusivamente destinados à construção de 39 lagoas de detenção em várias regiões do DF, entre 2019 e 2024.
“A nossa meta com essas obras é, acima de tudo, promover qualidade de vida para a população. Assim, garantimos segurança e evitamos a erosão e o assoreamento das lagoas e lagos que recebem as águas da chuva. Isso nos ajuda a prevenir inundações no Plano Piloto, proteger o meio ambiente e preservar nossos recursos hídricos”, afirma a vice-governadora Celina Leão.