Governo e oposição na Venezuela farão, nesta quinta-feira (10), uma “reunião ampliada” para buscar uma solução para a crise que passa o país nos últimos dois meses, com manifestações violentas que levaram à morte de 39 pessoas, além de mais de 600 feridos. A reunião será acompanhada por três chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) escolhidos para intermediar a discussão entre as partes. Entre eles o ministro brasileiro Luiz Alberto Figueiredo Machado.
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\”Estou satisfeito com o fato de que meses de ação do governo brasileiro, de maneira discreta porém contínua, renderam frutos no sentido de que tanto governo quanto oposição na Venezuela pediram ao Brasil que fosse um dos facilitadores do diálogo\”, declarou Figueiredo Machado, que participa dos diálogos de paz desde segunda-feira (7) e, nos dias 25 e 26 de março, também fez parte da Conferência Nacional de Paz, chamada pelo presidente Nicolás Maduro.
O vice-presidente da Venezuela, Jorge Arreaza, disse que a reunião entre governo e oposição deve ser um encontro para abrir caminho à convivência entre os venezuelanos e a condenação dos atos de violência. \”Amanhã, quando nos encontrarmos, e o país tem que saber, não vamos concordar, vamos nos reconhecer, vamos nos entender, vamos compartilhar visões em que pensamos chegar a acordos\”, disse durante evento público em Caracas.
Além dos chanceleres do Brasil, da Colômbia, María Ángela Holguín, e do Equador, Ricardo Patiño, como representantes da Unasul, também foi chamado para intermediar o diálogo entre governo e oposição o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin. Em reunião feita ontem todas as partes concordaram sobre a necessidade da participação do Vaticano no processos de diálogo como testemunha de boa fé.
*Com informações da Agencia Venezolana de Noticias