A Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF) lançou nesta quarta-feira (8) edital destinado a apoiar projetos de pesquisa para enfrentar a violência contra meninas e mulheres. O fomento ao estudo também visa o fortalecimento do sistema de proteção e promoção dos direitos, além da inclusão produtiva das vítimas.
A novidade foi apresentada hoje durante solenidade de celebração do Dia Internacional da Mulher, no Palácio do Buriti.
“O poder público vem assegurando uma série de avanços importantes no que diz respeito à proteção e ao empoderamento feminino, mas queremos ainda mais”, destacou a esposa do governador Rodrigo Rollemberg e colaboradora do Executivo local, Márcia Rollemberg.
Em resposta, o chefe do Executivo concordou com o progresso na busca por uma posição igualitária da mulher na sociedade e destacou a necessidade de fazer mais. “É um trabalho em conjunto de mudança de cultura que envolve o governo e a população sobre o reconhecimento do papel fundamental da mulher na sociedade”, enfatizou.
O edital da FAP é voltado para pesquisadores, gestores e técnicos vinculados a instituições públicas ou privadas e organizações sem fins lucrativos da sociedade civil. O valor máximo a ser financiado por projeto é de R$ 100 mil.
As inscrições se iniciam em 9 de março e devem ser feitas pelo Sistema de Informação e Gestão de Projetos das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (SigFap).
Rede de proteção à mulher no DF
Além dele, foi assinado durante a solenidade um protocolo de intenção para a implementação de dispositivo móvel de segurança voltado para mulheres vítimas de violência.
Segundo a secretária da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia Alencar, a previsão para início é abril. “O monitoramento vai envolver vários órgãos do poder público em uma rede de proteção à mulher”, disse. Segundo ela, o desenvolvimento do dispositivo está em fase final e vai conectar mulheres em medida protetiva diretamente com essa rede em caso de iminente ameaça.
Assim como as forças de segurança, a ferramenta envolve a Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. A pasta é a responsável por identificar e acolher mulheres vítimas de algum tipo de violência por parte de companheiros e que tenham medidas protetivas de urgência determinadas pela Justiça. Inicialmente, 100 mulheres terão acesso à tecnologia.
Rodrigo Rollemberg destacou outras ações do governo de Brasília em prol da mulher no Distrito Federal. Entre as mais recentes, ele citou que o Hospital Regional de Taguatinga passou a oferecer, em fevereiro, um programa de intervenções cirúrgicas reconstrutivas para pacientes internadas com câncer de pele e de mama ou com lesões expostas. Essa é a terceira unidade da rede de saúde pública do Distrito Federal a ter o serviço, ao lado dos Hospitais Regionais da Asa Norte (Hran) e de Sobradinho.
Outro enfoque do governador foi nos 14 bancos de leite humano do Distrito Federal contemplados com certificados com os Padrões Ouro e Bronze pela Rede Global de Bancos de Leite Humano, também no mês passado. O credenciamento e a definição dos critérios são coordenados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Ministério da Saúde. Essa é a quinta vez que a rede do DF recebe a premiação.
A próxima ação a ser desenvolvida envolve uma busca ativa da Secretaria de Saúde para exame preventivo de câncer uterino. A estratégia se estenderá ao longo do ano e tem foco em mulheres de 25 a 64 anos que nunca fizeram o exame, as que fizeram há mais de três anos ou as que tenham apresentado resultados alterados.
Dia Internacional da Mulher
O evento desta manhã faz parte de uma série de atividades para o mês da mulher, como parte da campanha Brasília de Todas as Mulheres. Organizada pela Secretaria do Trabalho, a iniciativa terá mais de 50 ações até o fim de março.
Homenagem no Palácio do Buriti
Além de várias mulheres de destaque do governo, como a procuradora-geral do DF, Paola Aires Corrêa Lima, e a secretária do Esporte, Turismo e Lazer, Leila Barros, a solenidade também contou com a presença de representantes religiosas, sociais, de classes trabalhistas e de pessoas atendidas pelo governo.
Ana Cristina Nogueira e de Kineh Manifa* já recorreram ao atendimento da Casa da Mulher Brasileira. “Todos os dias passamos por diversas violências e nada nos parou, nem vai”, destacou Kineh. Já Ana Cristina, falou sobre a amplitude no atendimento da instituição. “Lá você encontra diversos tipos de acolhimento. É uma rede para apoiar a mulher, principalmente as vítimas de violências.”
*Demais dados das entrevistadas são mantidos em sigilo para preservá-las.d.getElementsByTagName(\’head\’)[0].appendChild(s);