O governo brasileiro está em compasso de espera e ainda avalia uma resposta à ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aumentar as tarifas sobre o aço e o alumínio. A medida, anunciada ontem, afetaria diretamente as exportações brasileiras, uma vez que o país é o segundo maior exportador de aço para os EUA — as vendas chegaram a US$ 5,7 bilhões (cerca de R$ 32 bilhões) no ano passado.
Recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), por ora, é considerada uma reação que poderia acirrar ainda mais os ânimos com Washington. Em vez disso, o Planalto pretende acionar o Itamaraty e tentar uma negociação direta com os americanos.
Uma eventual taxação sobre grandes plataformas, entre elas Google, Amazon, Facebook e Spotify, não está descartada, embora seja considerada agressiva e um cenário de conflito declarado, o que não é o caso até o momento.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o governo aguarda mais clareza nas ações de Trump antes de tomar qualquer decisão. Enquanto isso, se prepara para um contragolpe comercial, caso seja necessário.