O Kujuba
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O governador Rodrigo Rollemberg, ao que parece, resolveu exercer na plenitude a missão que lhe foi outorgada pela população do Distrito Federal. Na Coluna anterior, O Kujuba alertou que, sendo o governador um político que prega a conciliação, deveria partir para o enfrentamento com os sindicatos e com o Ministério Público do DF, que se arvoram da condição de gestores do governo de Brasília.
No início da semana, Rollemberg divulgou as vigas mestras de como será o rito de governo doravante. Torna-se necessário o governador estreitar as conversas com o presidente do Tribunal de Justiça do DF, deixando-o sempre a par das dificuldades que o Executivo tem e terá para cumprir algumas decisões do Judiciário pautadas em pedidos absurdos levados à apreciação daquela Corte.
Também deve manter diálogo permanente com o procurador- chefe do Ministério Público. Fundamental mostrar-lhe que quem recebeu o mandato conferido pelas urnas de outubro do ano passado foi ele, Rollemberg, e não a junta de governo estatuída há tempos dentro do MPDFT.
Ao Ministério Publico cabe a função constitucional de fiscalizar a aplicação da lei e a defesa do cidadão, e não a de usurpar a função do governador legitimamente eleito. Os sindicatos têm a função de representar seus associados nas negociações e nos interesses das classes e respeitar os direitos dos cidadãos que lhes pagam o salário, prestando-lhes serviços de qualidade. Afinal, recebem para isso.
O governador tem que jogar com a mão pesada na defesa dos interesses da população. Que tal suspender os pagamentos dos grevistas que interromperem os serviços ou mesmo demitir aqueles que se recusem a cumprir seu papel? Aos grevistas fica a frase já bem conhecida: “pau que dá em Chico também dá em Francisco”, recentemente reavivada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em seus embates com o senador Fernando Collor (PTB-AL).
No mais, é esperar o prazo “infinito” de 15 dias para a consolidação das mudanças previstas nas Secretarias do GDF. Naqueles que forem fundidas, tem que haver sinergia. Se isto ocorrer, teremos o enxugamento da máquina administrativa decorrente dessas medidas.
Com a palavra o governador Rollemberg.
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Desgaste na desocupação da orla
Rollemberg sofreu um desgaste político desnecessário na desocupação da orla do Lago Sul. A xerife da Agefis vem promovendo frequentes desgastes ao Governador ao dar consequência ao seu projeto midiático em vez de trabalhar de forma séria e pensando num governo como um todo.
Sabemos que havia uma decisão judicial a ser cumprida. Porém, o governo poderia ter convocado os proprietários dos lotes, o Ministério Público e os agentes interessados para, de maneira civilizada, executar a determinação da Justiça. Poderia ter sido estabelecido um prazo razoável, com alocação de recursos, que hoje são escassos, para a execução do projeto.
Está claro que o governo não tem nenhum projeto aprovado para o uso social da orla do Lago Sul. E mesmo que tivesse, não poderia executá-lo no momento, pelo simples fato de não ter recursos para tal. O GDF precisou suspender as ações, o que tem provocado sérias críticas pela forma como elas foram conduzidas.
A xerife da Agefis precisa dar um norte à sua administração, que está aos frangalhos com a insatisfação generalizada do corpo funcional daquela agência. Seu projeto midiático está deixando o governador numa saia justa danada.
Rollemberg tem que conversar com a população sobre seus interesses. Ouvir a voz das ruas às vezes soa como música.
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