A última partida das oitavas de final da Copa do Mundo no Brasil, entre Bélgica e Estados Unidos, foi simbólica. Resumiu tudo que de bom está acontecendo nos gramados do país. Teve um ataque massacrante, estádio cheio, emoção de sobra e mais um detalhe que passou a virar regra na segunda fase da competição. Os goleiros se agigantaram em campo. Não à toa, dos oito jogos da primeira série de mata-mata, cinco deles foram eleitos os melhores em campo. O protagonismo foi roubado dos atacantes.
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Os números mostram que o crescimento dos arqueiros é notório. Nos 48 jogos da primeira fase, cinco foram as vezes que eles carregaram o troféu de melhor da partida. Uma média de apenas 10,4%. Logo no começo da segunda parte da competição, no entanto, o aproveitamento salta para 62,5% das indicações totais.
Com isso, o número de prorrogações atingiu o maior número desde que passou a ser adotada em 1986 e a média de gols da competição caiu. No trecho de grupos da Copa, a matemática apontava 2,83 tentos por jogo. Uma das melhores marcas da história. No mata-mata, o balançar das redes diminuiu a frequência. Caiu para 2,25 por confronto. Longe de ser uma coincidência, cinco jogos tiveram prorrogação. O que também garantiu 150 minutos a mais de bola rolando.
Dentro desse cenário, não é exagero dizer que duas seleções seguem para as quartas de final graças àqueles que defendem as suas metas. Julio Cesar, com dois pênaltis segurados, e Navas, com um, garantiram vida mais longa a Brasil e Costa Rica dentro do torneio. Na realidade, até aqueles que foram eliminados são dignos de glória. Howard é o melhor exemplo.
O goleiro dos Estados Unidos quebrou um recorde que vinha desde a Copa do Mundo de 1978. Nela, o peruano Quiroga fez 13 defesas no jogo contra a Holanda. O norte-americano foi além. Defendeu 16 bolas e prorrogou a despedida da seleção de Klinsmann o quanto pôde. De quebra, entrou para a história com a melhor atuação de um goleiro no torneio.
Líderes de indicação ao melhor do jogo na posição
Howard, Ochoa e Navas (2 vezes)
Goleiros eleitos melhores da partida nas oitavas*
Júlio Cesar (Brasil) – 1 defesa
Navas (Costa Rica) – 7 defesas
Rais Mibolhi (Argélia) – 11 defesas
Ochoa (México) – 2 defesas
Howard (Estados Unidos) – 16 defesas