O governo do Distrito Federal publicou nesta quinta-feira (8) o edital para escolher a empresa que vai administrar, por 20 anos, o Centro de Convenções Ulysses Guimarães. A concorrência está aberta até 24 de outubro, e as propostas serão recebidas pela Secretaria de Fazenda. O valor mínimo esperado de outorga é de R$ 1,5 milhão por ano — quem propuser a maior quantia vence. As informações estão no Diário Oficial.
De acordo com o GDF, o objeto da concessão é a reforma, a modernização e a operação do Ulysses Guimarães e de áreas adjacentes, para que se promovam feiras, exposições e eventos. Por meio da parceria, a empresa vencedora poderá obter lucro por meio da alimentação, exposição, uso dos auditórios, cobrança de estacionamento e publicidade.
Antes fixado em R$ 79 milhões, o investimento inicial pelo parceiro privado passou por revisão, e a quantia não deve passar de R$ 5 milhões. Serão R$ 3,5 milhões para a reforma do prédio, com pintura e fiação, entre outros itens, e R$ 1,5 milhão para a revitalização da Praça dos Namorados, em frente ao centro “Apesar da mudança no valor do investimento, o objetivo principal dessa parceria não mudou: queremos uma administração especializada que aqueça a economia e fomente o turismo da cidade”, diz o subsecretário de Parcerias Público-Privadas, Rossini Dias.
Palco para eventos de médio e grande porte, o Centro de Convenções tem 54 mil metros quadrados de área construída. O espaço é dividido em três alas (Norte, Sul e Oeste) e cinco auditórios – um deles, o Master, com capacidade para 3 mil pessoas –, 13 salas moduláveis, áreas de apoio e espaços para feiras e exposições.
Parcerias público-privadas
As parcerias público-privadas (PPPs) foram anunciadas pelo GDF em 2015, como forma de reduzir a máquina e melhorar espaços e tarefas que o governo não consegue cumprir. As áreas que despertaram maior interesse do empresariado, segundo o GDF, foram a iluminação pública e a gestão de espaços na área central de Brasília, como o Parque da Cidade e o Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
A ideia do GDF é que as empresas invistam nessas áreas públicas e, em troca, possam ganhar dinheiro com publicidade e uso comercial dos espaços. O governo diz garantir que os parques e prédios que têm entrada gratuita serão mantidos assim, e as empresas serão proibidas de instituir cobrança de ingresso.
A parceria com o setor privado é encarada pelo GDF como mais uma tentativa de reduzir gastos. Levantamento aponta que, entre 2011 e 2014, o Parque da Cidade arrecadou R$ 1,3 milhão ao ano, mas gastou quatro vezes mais – R$ 6,9 milhões a cada 12 meses.
O Centro de Convenções Ulysses Guimarães, segundo o governo, não dá prejuízo, mas poderia se transformar em fonte de arrecadação com a gestão empresarial. Por ano, o GDF gasta R$ 1,1 milhão na manutenção da área.