A festa de réveillon, na Esplanada dos Ministérios na madrugada desta quarta-feira (1º/1), comandada pelo cantor sertanejo Luan Santana, trouxe de volta à capital do País a festa tradicional de Ano Novo. Mas não foi só isso. A comemoração, que lotou a Esplanada, foi o anúncio também de boas práticas voltadas a acessibilidade, sustentabilidade, transparência e valorização dos artistas locais.
Para o Governo do Distrito Federal (GDF), a festa deu início às comemorações dos 60 anos de Brasília, em abril, e a apresentação das mudanças propostas pelo governo Ibaneis nas ações socioeducativas. A festa contou com intérpretes de libras, que se revezaram durante os shows para passar aos deficientes auditivos as letras das músicas.
O jornalista Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa (Secec) e responsável pela organização do evento, ofereceu uma ampla estrutura às pessoas com deficiência de mobilidade. “É uma festa para todos, sem separação ou distinção”, destacou o titular da pasta.
O diferencial da festa deste ano foi o espaço exclusivo aos cadeirantes. O local ocupou 100 metros quadrados na frente do palco montado na Esplanada e tinha rampa de acesso de frente para as apresentações reproduzidas em telões de LED. Sheila, mãe de Marcos Vinícius, que nasceu com paralisia cerebral e é fã de Luan Santana, elogiou a iniciativa do GDF.
“Esse suporte que o governo tem dado aos deficientes físicos é de extrema importância, pois a gente não podia trazê-lo [o filho] aos eventos e hoje eu vim mais tranquila, pois tem espaço reservado a ele”, destacou. “O governador vem respeitando o deficiente e pensando mais neles e não só em nós”.
O próprio cantor Luan Santana elogiou a iniciativa durante o show. “Estou muito feliz de estar aqui reencontrando os meus fãs de Brasília”, declarou. “Esta superiniciativa que o GDF tem trazido aos seus eventos, voltada à acessibilidade, é massa, porque os nossos shows são feitos para todo mundo, e isso é essencial num show da virada. Pensar nos deficientes físicos é muito importante não só para a população, mas para a nossa música”.
O artista foi o responsável pela contagem regressiva para a chegada do novo ano. As comemorações tiveram aproximadamente dez minutos de queima de fogos. Artistas locais também foram priorizados no Show da Virada. Numa iniciativa de valorização da categoria, o GDF abriu edital de seleção por chamamento público para cantores, bandas e DJs da cidade.
“É muito importante os artistas de Brasília também ocuparem seus espaços nos palcos, e não só os artistas de fora”, disse a sambista Dhi Ribeiro. “O samba sofre muito, mas este governo tem dado ênfase ao nosso pessoal e eu estou achando isso maravilhoso. Estou muito feliz com esta administração, mais ligada no que está acontecendo com a gente aqui da cidade. Isso nos faz um bem que não tem tamanho.”