Os atos antidemocráticos promovidos no Distrito Federal seguem impondo consequências ao GDF. Agora, o governo se tornou réu em uma ação de indenização promovida pelo proprietário de um dos veículos que foram incendiados pelos apoiadores do ex-presidente Bolsonaro no dia 12 de dezembro de 2022, data da diplomação do então presidente eleito Lula.
Segundo a ação, que tramita no TJDFT, o proprietário do veículo estacionou sua Mercedes Benz a poucos metros da sede da PF. Depois de voltar de uma reunião, viu que seu carro estava queimado e quebrado, ou seja, um quadro de perda total.Naquele dia, bolsonaristas se deslocaram do acampamento em frente ao Quartel General do Exército e tentaram invadir a sede da Polícia Federal (PF). Na ocasião, vários carros e ônibus foram incendiados.
o Autor do processo responsabiliza o GDF em especial pelo comportamento da Polícia Militar na ocasião, que sequer realizou prisões no dia do ocorrido.“O Distrito Federal foi irresponsável, inerte e omisso, porquanto não agiu com vistas a coibir e evitar que os atos de vandalismo destruíssem patrimônio público e particular”, diz o trecho da petição inicial, que tem anexada imagens que mostram policiais militares inertes observando carros sendo queimados pelos vândalos, o que configuraria a omissão estatal.
Em defesa do GDF, a Procuradoria do Distrito Federal alega que a região onde se localiza a sede da PF não era considerada área de risco, além de pontuar que não havia nenhum protesto marcado para aquele dia naquela região.