O governo do Distrito Federal informou ter conseguido, por meio de R$ 122 milhões de emendas parlamentares e R$ 44,3 milhões do próprio cofre, verba para a construção do Hospital do Câncer. A unidade de saúde vai poder oferecer desde o início das atividades atendimento especializado em oncologia – até então, o Ministério da Saúde determinava que novas unidades oferecessem só medicina geral para, depois, conseguir credenciamento para a especialidade.
Os detalhes técnicos foram debatidos pelo governador Rodrigo Rollemberg, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, e o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, nesta quarta-feira (15). De acordo com o GDF, a expectativa é receber a primeira parcela nas próximas semanas.
O Hospital do Câncer terá cerca de 145 leitos de internação. Além disso, contará com ambulatório, pronto atendimento, salas de radioterapia com aceleradores, tomógrafo e braquiterapia. Terá, ainda, salas de endoscopia, pontos de quimioterapia, boxes de fisioterapia e equipamentos de imagem. De acordo com a Secretaria de Saúde, será possível atender quase 6 mil novos casos da doença por ano.
A pasta afirmou ao G1 em março aguardar a construção para regularizar a fila de radioterapia, que tinha mais de 700 pessoas à espera de vaga na época. O tempo médio de espera para o início do tratamento é de cinco meses. Uma lei em vigor desde 2012 diz que pacientes devem iniciar o tratamento contra câncer em até 60 dias. O serviço atualmente é oferecido nos hospitais Universitário de Brasília e Base.
Os tipos mais comuns de câncer em homens são próstata, cólon e reto e traqueia, brônquio e pulmão, enquanto mulheres são atingidas em maior frequência na mama, cólon e reto e no colo do útero. O tratamento é oferecido em oito hospitais: da Criança, Base, regionais de Taguatinga , Asa Norte, Sobradinho, Gama e Ceilândia, além do Materno Infantil. As consultas são marcadas pela central de regulação. A rede oferece quimioterapia e radioterapia.