Chico Sant’Anna
Ao contrário do que alguns noticiários levam a crer, a gambiarra para fugir do relógio medidor de energia não se faz presente apenas em áreas de ocupação irregular, comunidades mais pobres, cujos usuários nem sempre conseguem pagar a conta no fim do mês. O chamado “gato” se faz presente também na área nobre do Plano Piloto e em Águas Claras.
O mais recente foi flagrado no Clube Unidade Vizinhança Sul, entre as superquadras 108 e 109, onde a energia não passava pelo medidor. Segundo a concessionária, o “gato” resultou no desvio de 1,370 milhões de quilowatt-hora (kWh). O preço médio do kWh, em 2021, no DF, foi de R$ 0,57, o que leva a conta do clube em aberto para R$ 780 mil, sem contar impostos e multas.
“O furto seria suficiente para abastecer mais de sete mil moradias por um mês inteiro”. diz informe da empresa. O caso agora será analisado pela Polícia Civil, já que o desvio de energia é considerado crime, previsto no artigo 155 do Código Penal, com pena de até a oito anos de reclusão.
O clube nega qualquer irregularidade. Em nota, afirma que “jamais procedeu ou compactuou com qualquer forma de irregularidade a quem quer que seja, especialmente os órgãos governamentais ou empresas fornecedoras de energias elétrica, água e esgoto”.
Leia matéria completa em blog Brasília, por Chico Sant´Anna