O mais recente aumento do preço da gasolina no Distrito Federal colocou Brasília como detentora do triste título de vender uma das gasolinas mais caras dentre 15 países. Com o preço do litro acima dos R$ 4,40, as bombas de combustível da Capital passam a registrar valores acima do Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, ficando abaixo apenas da Noruega, onde o combustível é comercializado por valores equivalentes a R$ 6,24. Detalhe, na Grã Bretanha, a carga de impostos que recai sobre os combustíveis é quase o dobro da brasileira. O levantamento é da consultoria Air-Inc, que consolida estatísticas globais de custo de vida e mobilidade.
Com uma produção diária de 2,617 milhões de barris, o Brasil é o maior produtor de petróleo da América Latina, tendo ultrapassado, em 2017, o México e a Venezuela. Em 2013, ocupava a 13ª posição no ranking mundial, com 2.7% da produção global. Assim mesmo, esta potencialidade não é revertida ao consumidorcandango. Enquanto o preço médio da gasolina comercializada nos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) é de R$ 1,35, em Brasília ela custa três vezes mais.
Desde meados de 2017, quando a Petrobras passou a reajustar os preços diariamente e o governo aumentou a carga tributária, os preços da gasolina subiram cerca de 20% para o consumidor final.Tradicionalmente, o alto preço da gasolina é atribuído aos impostos. Em Brasília, o GDF aplica uma alíquota de 28% – aumentada no início do atual governo -, que se soma a mais 16% de impostos federais. O etanol não se apresenta como opção mais econômica. Além de possuir um ICMS de 25%, os postos também aumentam o preço desse combustível, toda vez que a gasolina é majorada. Além disso, o cidadão não conta com um sistema eficiente e confiável de transporte público.
Mas gasolina cara não é privilégio de Brasília. Nacionalmente, a situação é pior em capitais como Rio Branco, com o litro a R$ 4,78; Rio de Janeiro, R$ 4,64; e semelhante em Goiânia R$ 4,48, e Belo Horizonte, R$ 4,39, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, no período de 25 a 31 de março. O que chama a atenção em Brasília é a padronização dos preços. De Planaltina a Samambaia, o custo é praticamente o mesmo. O sentimento da existência de um cartel que fixa coletivamente os preços permeia a todos e as autoridades parecem se mostrar ineficientes para fazer prevalecer a livre concorrência.
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