Gabinete do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, ordenou ao setor de desinformação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a produção de relatórios para servirem de embasamento a decisões do ministro no inquérito das fake news, segundo mensagens reveladas pelo jornal Folha de S. Paulo nesta terça-feira (13).
O jornal afirma ter tido o acesso a mais de 6 GB de mensagens e arquivos trocados via WhatsApp, de agosto de 2022 a maio de 2023, entre assessores do gabinete do ministro, que era presidente do TSE na época, e o setor de combate à desinformação da Justiça Eleitoral. A Folha garante não ter usado meios ilegais para a obtenção do material.
Os diálogos revelam que os relatórios eram ajustados quando não atendiam às expectativas do gabinete. Em alguns casos, eram elaborados especificamente para justificar ações previamente determinadas, como multas ou bloqueios de contas e redes sociais.
Em nota, o gabinete do ministro Alexandre de Moraes afirma que “todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria-Geral da República”.