Diva Araújo
Funcionários do Banco de Brasília (BRB) denunciaram ao Ministério Público do Trabalho (MPT) serem vítimas de assédio moral e outras irregularidades trabalhistas. De acordo com a notificação ao MPT, ao menos 400 servidores de carreira do BRB viveram ou vivem constrangimentos.
As reclamações dos trabalhadores incluem cobranças de devolução de pagamento de horas extras cumpridas; segregação territorial dos empregados considerados indesejados pela administração do banco; solvência do quadro original da Corregedoria, em razão de ilícita proibição fática de investigação de dirigentes do banco; substituições sem o pagamento da respectiva gratificação de função; exigência de realização de atividades em desconformidade com os normativos; insalubridade das agências; exercício da atividade de abastecimento de caixas sem segurança armada nas agências do BRB na Bahia; doenças sistemáticas da equipe em razão de assédio moral.
Cantinho do castigo
Segundo as denúncias, isso acontece desde 2021. Os funcionários afirmam que a segregação territorial ocorre quando há discordância entre a administração e os funcionários que se recusam a defender interesses da alta administração. Como punição, os profissionais são transferidos para um setor conhecido como “cantinho do castigo”.
Trata-se da Superintendência de Serviços de Retaguarda, dividida em SUCER e SUREN, localizada no edifício Brasília. O local é separado da nova sede do BRB e sob o comando da própria Diretora Executiva de Gestão de Pessoas (DIPES) desde 2020, que, em alguns casos, faz questão de recepcionar os funcionários indesejados no setor, como forma de intimidação e humilhação.
O diretor do Sindicato dos Bancários do Distrito Federal Ronaldo Lustosa da Rocha publicou um vídeo nas redes sociais cobrando investigação. “São graves as denúncias feitas ao Ministério Público do Trabalho, como a criação de um setor composto por funcionários indesejados pela administração, que são enviados para uma área que é lugar de opressão e de assédio. Essas denúncias têm que ser investigadas pelo MPT. Somos trabalhadores, servidores aprovados em concurso público. Merecemos respeito”, cobrou.
Assista ao vídeo completo aqui
Acesse o documento entregue ao MPT, com os nomes e um resumo da trajetória e contribuições de cada um dos funcionários que se consideram punidos pela administração do BRB: