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Artigo

Frida entre nós

  • Redação
  • 13/02/2016
  • 17:55

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Mario Pontes

Indice
Uma ao lado da outraÁgua em Marte? Vamos lá, cambada!Ciclovia? Que ofensa!

 

Em 1995, por insistência de Maria Amélia Melo, então integrante da equipe editorial da José Olympio, aceitei o desafio de traduzir O Diário de Frida Kahlo, célebre pintora mexicana do século XX. Da platéia, alguém me pergunta, com uma pontinha de sarcasmo:

— Desafio por quê? Afinal a autora era uma latino-americana; falava e escrevia em espanhol, língua tão parecida com a nossa!

Como não estou a fim duelar com o cavalheiro, saio pela tangente e não lhe respondo que são muitas – e enganadoras – as diferenças entre o espanhol e o português. Além do mais, teria de dizer-lhe que nem todo o livro estava escrito em espanhol. Para começar, a introdução tinha sido originalmente uma conferência do poeta mexicano Carlos Fuentes, escrita em inglês e lida em uma universidade do Texas. A ela seguia-se um ensaio, igualmente em inglês, de Sarah M. Love, crítica norte-americana de artes plásticas.

Vinha afinal o Diário da autora. Para começo de conversa, o original não era uma sucessão de folhas brancas sobre as quais alguém houvesse datilografado (ainda não havia computador) um texto contínuo ou dividido em capítulos. Não, o suporte das idéias e revelações da autora eram folhas de papel nas quais ela havia pintado ou desenhado alguma coisa. Isso, somado à caligrafia nada convencional, criava dificuldades a cada página. Além do mais, às vezes Frida se expressava com uma linguagem muito pessoal, um idioleto, ao qual, para consumo próprio, denominei de kahlês.

Mas ainda não era tudo. A tradução tinha de ser feita em prazo bastante apertado. O livro seria impresso na Itália, pela Mondadori; e lá seria lançado, no mesmo dia, em várias línguas. Apesar de tudo, enfrentei a maratona com alegria. Afinal, Frida Kahlo não se notabilizou apenas como artista de grande talento e originalidade. Foi alguém capaz de não se entregar ao desespero, de contrapor ao seu longo sofrimento (um grave acidente de trânsito aos dezoito anos, trinta e cinco cirurgias antes de morrer aos quarenta e quatro) respostas positivas aos chamamentos da vida, bem como aos apelos da política e da participação social em sua conturbada época. E as respostas foram dadas apesar do grande e contínuo sofrimento que foi seu dia a dia, após o acidente de trânsito que a obrigou a passar por trinta e cinco cirurgias antes de morrer pouco depois de ter chegado aos quarenta.

Neste momento, Frida é homenageada no Rio com uma grande exposição no Centro Cultural da Caixa Econômica. E como seria de esperar, encanta o público carioca. As mulheres em particular. Algumas das quais não resistem à tentação de vestir-se como Frida para sair nos blocos de rua do nosso Carnaval.


Uma ao lado da outra


Água em Marte? Vamos lá, cambada!


Ciclovia? Que ofensa!


 

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