A ampliação da imunização contra o vírus HPV foi discutida durante o lançamento, na terça-feira (2), da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde da Mulher. O evento, em Brasília, reuniu parlamentares como a coordenadora da Frente, deputada Renilce Nicodemos (MDB-PA), para avaliar, por exemplo, o retorno da vacinação contra HPV nas escolas.
A queda da cobertura vacinal contra o HPV, registrada nos últimos anos, representa risco de aumento, no Brasil, de casos de cânceres evitáveis, em especial o câncer de colo do útero.
Neste sentido, as médicas do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), Angélica Nogueira e Andréa Gadêlha Guimarães, apresentaram um relatório do Setembro em Flor.
Dados levantados pelo EVA no DataSUS, do Ministério da Saúde, indicam que 72% menos meninas e 52% menos meninos foram imunizados após o primeiro ano de vacinação contra HPV no País.
A campanha marca o mês de conscientização do câncer ginecológico, criado em 2020 pelo EVA. A ação surgiu de uma carência de conhecimento da população brasileira sobre os tipos de cânceres mais comuns no aparelho reprodutor feminino.
A imunização de ambos os sexos é necessária para quebrar a cadeia de transmissão do Papilomavírus humano (HPV), que é fator de risco para desenvolvimento de outros tipos de câncer que acometem pênis, vulva, vagina, reto e garganta.