Sempre que você estiver fragilizado poderá abrir uma porta para o desânimo, a má-vontade, a revolta e o posterior fracasso espiritual. As causas são semelhantes, independentemente da religião ou tradição espiritual: decepção amorosa, carência afetiva, dificuldades financeiras, sonhos de grandeza (ambição, vaidade), frustrações, etc. É nos momentos de fragilidade que ideias negativas surgem e se fortalecem, se o atingido não despertar e voltar ao caminho com mais clareza do ideal praticado e maior consciência.
Se há problemas no casamento, a ideia poderá ser para trocar de esposa/marido ou abandonar a família. Se há dificuldades financeiras, a ideia de ganho fácil virá. Se há inconformismo com a prática espiritual exercida, virá a ideia de troca por outra prática, que, embora inútil ou reconhecidamente enganadora ou ainda apenas fenomênica, recompense-o com sucesso, dinheiro ou visibilidade.
A tentação de Jesus no deserto após 40 dias de fome, solidão e carência simboliza os momentos de fragilidade que todos os buscadores e praticantes atravessarão. Jesus comporta-se com determinação e, por isso, a fragilidade desaparece. E os anjos, símbolo dos amigos verdadeiros e equilibrados, surgem para alimentá-Lo com esclarecimentos mais aprofundados, que o fortalecem na compreensão e, consequentemente, na fé.
Neste caso, mais um grau, ou degrau, é conquistado. Na maior parte das tradições espirituais a escada compõe-se de sete degraus, subdivididos cada um em mais 7, totalizando 49 degraus ou graus.
Pense! Quanto maior o desânimo, a revolta e o desespero, maior sua fragilidade e maior a necessidade de sabedoria, oração e caridade com o próximo, que o fortalecerão. \”Viver é enfrentar problemas. O modo como você os enfrenta é que faz a diferença\”.