O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse hoje (29) que as Forças Armadas pretendem ampliar o Programa Forças no Esporte, de iniciação e preparação de crianças e adolescentes para o esporte. Segundo Jungmann, hoje, 21 mil crianças participam desse programa, uma parceria entre os ministérios da Defesa, do Esporte e do Desenvolvimento Agrário. As Forças Armadas também investem em atletas profissionais, com o Programa Atletas de Alto Rendimento do Ministério da Defesa.
Jungmann recebeu hoje 11 atletas que tiveram apoio militar e participaram da Rio 2016 e destacou a importância da iniciativa para a conquista de medalhas na competição. “O programa permitiu que o Brasil crescesse em termos de medalha e que esses jovens dispusessem de segurança, estabilidade, condições de treinamento, material esportivo e equipamentos para que pudessem levar o Brasil ao pódio.”
13 medalhas olímpicas – Dos 465 atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos deste ano, 145 eram militares e competiram em 27 das 45 modalidades disputadas. Das 19 medalhas obtidas pelo Brasil, 13 foram conquistadas por atletas militares (cinco de ouro, três de prata e cinco de bronze).
As medalhistas de ouro na classe 49er FX da vela, Kahena Kunze e Martine Grael, ressaltaram a importância do programa de alto rendimento e de iniciação. “O esporte é muito importante para formação de valores, e todos os grandes atletas começam bem cedo. Então, é preciso investir cedo na vida dos pequenos atletas – uma coisa que aqui no Brasil ainda caminha devagar. E esse projeto das Forças Armadas ajuda muito”, disse Martine.
“Estou nesse programa há pouco mais de dois anos – a Martine já fazia parte – e foi muito importante pra mim realmente ter segurança, conseguir treinar sem preocupações sobre o dia de amanhã”, disse, ao falar sobre a emoção de ganhar a medalha de ouro, em casa, em sua primeira olimpíada. “Agora, nossa missão é chamar as crianças para a vela e mostrar que, com o esporte, também trazemos educação.”
O programa de alto rendimento inclui 35 modalidades esportivas – 27 olímpicas e oito não olímpicas e tipicamente militares. O Ministério da Defesa investe anualmente no programa cerca de R$ 18 milhões, entre salários, benefícios, aquisição de equipamentos, uniformes, participação em eventos esportivos nacionais e internacionais, e outros itens destinados ao aperfeiçoamento dos atletas.