Esta foi a manchetinha publicada no CB na edição do domingo (20), acrescentada com o subtítulo: “Proposta tramita no Congresso Nacional, mas encontra resistência dos procuradores que atuam na investigação da operação Lava-Jato por facilitar a lavagem de dinheiro”.
Francamente, não dá para entender que esses senhores, alfabetizados e doutores em Direito, e que no mínimo deveriam conhecer a realidade de países do primeiro mundo que arrecadam fortunas com seus cassinos, proporcionando milhares de empregos diretos ou indiretos, atraindo shows espetaculares, além de ser essencial fonte tributária e de incentivo à chamada Indústria do Turismo.
Basta lembrar os famosos cassinos de Atlantic City e Las Vegas (uma cidade de cassinos), nos Estados Unidos; e o cassino Monte Carlo, a principal receita do Principado de Mônaco. E deveriam saber, também, que milhares de turistas sobrevoam o Brasil e vão jogar nas nossas fronteiras com países sul-americanos, a exemplo do movimentado hotel-cassino uruguaio de Rivera, separado apenas por uma rua da cidade gaúcha de Santana do Livramento.
Amigos leitores, convém lembrar que sou dos tempos dos então badalados cassinos do Rio de Janeiro, entre os quais os da Urca, Copacabana Palace, Atlântico, Quitandinha (Petrópolis) e Icaraí (Niterói) -, sem falar nos que funcionavam em luxuosos hotéis nas cidades mineiras hidrominerais de Caxambu, Poços de Caldas, São Lourenço e Araxá. E todos fecharam as portas, somando aproximadamente 60 estabelecimentos no território nacional, graças ao Decreto Lei 9.215, assinado em abril de 1946 pelo marechal Eurico Gaspar Dutra (que marcou sua gestão como o pior presidente da República), a pedido de sua mulher Carmela, católica carola que ganhou o apelido de Dona Santinha.
Enquanto isso, hipocritamente, é o próprio governo federal que banca os jogos de azar em todos os estados, através das Quinas, Lotofácil, Megassena, Lotomania, Lotogol e Loteria Federal -, em prejuízo dos bolsos do povão, inclusive de um otário que persegue a sena da Mega há mais de dois anos, em vão: eu!
É o caso de repetir, pela milésima vez: pô, que país é este?
PS – Convém lembrar que, em porta de cassino, trabalhador não entra, simplesmente porque não pode sequer pagar o preço da entrada.
Não seja inflexível
Angústia: votar em quem? Eis a questão…
A hora e a vez do ex-“sexo frágil”