Após as férias de fim de ano, o futebol retorna ao cotidiano do brasileiro com os campeonatos estaduais, espécie de aperitivo para as competições mais importantes. No Campeonato Carioca, a maior mudança ocorreu noFlamengo, com a troca d patrocinador master.
Depois de três anos como titular absoluto, o BRBperdeu a posição para a Pixbet. A logomarca do Banco do Brasília não mais é vista no tórax dos jogadores. A um custo de R$ 85 milhões por ano, até dezembro de 2025, o tórax dos jogadores será dedicado ao site de apostas.
A Pixbet, segundo o portal Intercept Brasil, nasceu num salão de sinuca em Alagoa Grande, na Paraíba, que recebia apostas alegando ser filial da Sportingbet, tradicional casa de apostas inglesa.
Ainda segundo o Intercept, as operações das apostas ocorrem no paraíso fiscal de Curaçao, no Caribe, onde os principais servidores do portal de aposta estão localizados.Estima-se que as apostas on-line movimentem R$ 8 bilhões por ano no Brasil e a Pixbet é uma das maiores operadoras do setor.
No mundo dos patrocínios, a máxima de Gentil Cardoso – “quem se desloca recebe, quem pede tem preferência” – não vale. Ali não há nenhuma regra de impedimento. Recebe quem pagar mais.
Para não ganhar um cartão vermelho, ao BRB restou um tímido espaço publicitário denominado “omoplata”. Sãos dois pequenos retângulos próximos aos ombros. É como se tivesse sido rebaixado para a segunda divisão dos patrocinadores.
Ainda assim, o banco desembolsará R$ 6,2 milhões por três meses de patrocínio. Antes, a participação do BRB era de R$ 45 milhões por ano. Embora bem menor, o valor pago ao clube carioca é três vezes superior ao investimento no futebol candango.
Em 2024, o BRB, que segue como patrocinador máster do Campeonato Brasiliense de Futebol, pela terceira temporada consecutiva, e agora detendo o naming rights da competição, pagará R$ 2 milhões, valor a ser repartido entre os dez times da primeira divisão local.