Em 29 de janeiro, o governador Rodrigo Rollemberg e o Banco do Brasil firmaram uma parceria que tem revertido em benefícios aos moradores do Distrito Federal. O financiamento de R$ 500 milhões permitiu levar asfalto, drenagem de águas pluviais e ciclovias para quase todas as regiões administrativas, além de retomar projetos parados. Até junho, o Executivo local pretende empenhar R$ 242,4 milhões do recurso em 103 obras. Os outros R$ 257,6 milhões subsidiarão projetos de infraestrutura no segundo semestre deste ano.
- Advertisement -
De acordo com o subsecretário de Captação de Recursos, da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão, José Roberto Fernandes Júnior, os órgãos públicos já começaram a fazer a prestação de contas, primordial para a instituição financeira liberar a segunda parcela do empréstimo. “São obras a serem executadas em curto espaço de tempo ou projetos que estavam estagnados por falta de recursos e estão sendo retomados. Concluído o empenho dessas 103 ordens [de serviço], podemos fazer a destinação da outra etapa”, frisa.
Parte do dinheiro — R$ 42 milhões — financia a urbanização de uma das regiões mais carentes de Brasília: o Setor Sol Nascente, considerado a maior favela do País. Os 100 mil moradores da área, em Ceilândia, já observam a presença de operários e máquinas nas ruas. Eles trabalham na construção de uma lagoa de contenção para drenar água da chuva, na pavimentação e na colocação de meios-fios no Trecho 1.
Ainda na maior e mais populosa região administrativa do Distrito Federal, o viaduto da QNN 5/7 passará por reformas a fim de evitar alagamentos comuns durante temporais. A ideia é usar R$ 1,5 milhão para aperfeiçoar o escoamento de água. A ausência de um eficiente sistema de drenagem já causou duas mortes no local. Em outubro de 2013, uma menina de 6 anos perdeu a vida depois de o ônibus escolar onde ela estava ficar submerso. Menos de três meses depois, um jovem de 20 anos morreu em circunstâncias parecidas. Em um dia chuvoso, ele passava, de carro, pela parte baixa do viaduto, mas acabou surpreendido pela força da água, que rapidamente cobriu o veículo.
Dezenas de ruas e rodovias também começaram a receber asfalto novo. A medida, além de melhorar a qualidade das pistas, contribuirá para diminuir o número de acidentes e reduzir o tempo de deslocamento dos condutores. O aporte de R$ 43 milhões divididos em 12 ordens de serviço vai recuperar, nos próximos dias, 130 quilômetros de malha viária em pelo menos 28 endereços. Na DF-463, por exemplo, 3,9 quilômetros serão duplicados ao custo de R$ 6,7 milhões. A estrada é um dos mais importantes acessos para os moradores do Jardins Mangueiral e do Jardim Botânico.
Ciclovias
Quem utiliza a bicicleta como meio de transporte perceberá, nos próximos dias, a recuperação e construção de ciclovias. A Vila Basevi, em Sobradinho, ganhará 1,46 quilômetro de pista exclusiva. Ciclistas que circulam pelo Plano Piloto, pelo Gama, pelo Park Way e por Samambaia também serão beneficiados com a reforma e expansão das faixas destinadas aos que optam pelo veículo de duas rodas.
O dinheiro emprestado pelo Banco do Brasil ainda custeará a restauração de calçadas em regiões como Águas Claras, Guará, Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo I, Park Way, Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e Vicente Pires. Será destinado quase R$ 1 milhão para implementação de calçadas em concreto polido, medida que tornará mais segura a vida de pedestres e de cadeirantes. Também estão previstas dezenas de obras de restauração de esgoto sanitário. No Paranoá, a melhoria no sistema vai custar aos cofres públicos cerca de R$ 1,5 milhão.
Leia mais:
- Advertisement -
Fragilidade tem reflexos na CLDF
Paralisia nas obras de mobilidade urbana é reflexo do pouco investimento
Taguatinga é só buraco