O mote da campanha para a reeleição de Jair Bolsonaro, agora pelo PL, será o Auxílio Brasil. Já na cerimônia de filiação do presidente na nova legenda, realizada nesta terça-feira (30), o novo programa foi a principal bandeira.
“O presidente que faz o maior programa social do mundo agora é do PL”, diz a frase estampada em um painel instalado atrás da mesa onde Bolsonaro e dirigentes da legenda participarão do ato.
Em seu discurso, Bolsonaro disse que foi “uma decisão difícil” e mencionou que estudou se filiar ao PP. O presidente também afirmou que pretende “compor” e citou estados como Rio Grande do Norte, onde o PL terá que discutir filiações.
Militância ausente
O evento reuniu poucos militantes do bolsonarismo. Segundo o PL, o próprio presidente vetou caravanas e outras mobilizações. Por outro lado, grande parte dos ministros, inclusive Paulo Guedes, e parlamentares bolsonaristas estiveram no evento.
Ao seu lado, Flávia Arruda, Valdemar Costa Neto, Arthur Lira e Flávio Bolsonaro comemoravam a filiação. Na plateia, Benedito Domingos, ex-vice-governador do Distrito Federal, o senador Romário e o pastor Marco Feliciano estavam entre os apoiadores.
Coronavírus
Quase ninguém usava máscara, entre as excessões Arthur Lira, presidente da Câmara, usava o equipamento de proteção. Na plateia, o distanciamento também não foi respeitado. As medidas contrariam as orientações do GDF para eventos em locais fechados.
PL de Bolsonaro
Ao aderir ao PL, Bolsonaro está se associando a uma das maiores bancadas da Câmara dos Deputados. O partido atualmente tem a terceira, com 43 deputados federais, atrás apenas do recém-criado União Brasil, formado pela fusão de PSL e DEM, com 82 deputados; e do PT, com 53.
Além da força no Congresso Nacional, há ainda o fator da capilaridade em municípios, com mais de 300 prefeitos filiados.