O afastamento do vice-governador Renato Santana (PSD) abriu espaço para Rodrigo Rollemberg (PSB) fazer uma reengenharia da chapa majoritária que concorrerá à reeleição em outubro próximo.
Até o momento, há três nomes na fila para substituir Santana: a secretária de Projetos Especiais, Maria de Lourdes Abadia (PSDB); o secretário de Economia, Desenvolvimento, Inovação, Ciência e Tecnologia, Antônio Valdir de Oliveira (sem partido); e o presidente do Partido Verde, Eduardo Brandão.
Alckmin – Abadia assumiu o cargo no segundo semestre de 2017. A composição teve as bênçãos do presidente do PSDB e governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Pensando num acordo nacional envolvendo o PSB para fortalecer sua candidatura ao Palácio do Planalto, Alckmin desagradou o correligionário Izalci Lucas.
Pré-candidato a governador, o deputado federal que preside a legenda no DF tem criticado a participação de tucanos na gestão do socialista Rollemberg, ao qual faz oposição ferrenha. Quadro histórico do PSDB, Abadia desdenha das ameaças de expulsão do partido feitas por Izalci.
“Izalci não conversa com as pessoas. Ele é ele. Se auto-proclamou candidato a governador sem falar com o partido todo. Fez a Executiva local e agora está fazendo o que quer. Mas estou tranquila. Todos os meus atos são pautados na conversa e nos conselhos do Alckmin. Este é o meu grande compromisso. Quanto às ameaças, estou aguardando para ser expulsa”, diz ela.
Rollemberg também recebeu sinalizações do setor produtivo para prestigiar Valdir de Oliveira. Ex-diretor do Sebrae-DF, o secretário imprimiu um ritmo há muito cobrado pelo empresariado para destravar a economia do DF. Isto o credenciou a ocupar a vaga de vice na chapa do governador.
PV – Mas a novidade da semana – publicada com exclusividade pelo portal Brasília Capital – foi o convite ao presidente local do Partido Verde, Eduardo Brandão. Os dois se encontraram quarta-feira (10) e Rollemberg sinalizou a intenção de tê-lo como vice. A assessoria do Buriti confirmou o encontro. Caso Brandão aceite o convite, haverá uma negociação entre as legendas para atender aos interesses de todos.
A proposta feita a Brandão é exatamente a mesma de 2014, quando ele recusou alegando que havia apoiado o governo Agnelo (PT) por quatro anos e seria uma traição ao então governador. Como se sabe, o desfecho foi ruim para os dois lados: o atual vice, Renato Santana (PSD), hoje faz oposição a Rollemberg, enquanto Agnelo sequer chegou ao segundo turno.