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O Comitê de Ética da Fifa anunciou nesta quinta-feira (8) a suspensão por 90 dias do presidente da entidade, Joseph Blatter, e do presidente da Uefa, Michel Platini.
A decisão foi tomada em razão da abertura de uma investigação criminal contra Blatter por parte do Ministério Público da Suíça por supostas irregularidades num contrato de direitos de transmissão na América Central e em um pagamento de 2 milhões de francos (R$ 8,3 milhões) a Michel Platini.
Segundo o comitê de ética, um órgão independente conduzido pelo alemão Hans‑Joachim Eckert, Blatter e Platini estão sendo investigados internamente. A suspensão de ambos pode ser prorrogada por mais 45 dias. Os dois dirigentes negam irregularidades.
Platini era, até agora, o candidato favorito à eleição marcada para 26 fevereiro que vai escolher o novo presidente da Fifa. O prazo para registro das candidaturas termina no dia 26 de outubro.
A suspensão pode sepultar a candidatura do francês, que não tinha nenhum adversário competitivo até então. Ao mesmo tempo, a punição isola de vez Blatter, que tem sido cobrado por patrocinadores a renunciar imediatamente ao cargo em meio ao maior escândalo da história da Fifa, desde que veio à tona a investigação conduzida pelas autoridades dos Estados Unidos que levou no dia 27 de maio à prisão de sete cartolas em Zurique, entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marin.
Com o afastamento de Blatter, quem assume a presidência é o cartola camaronês Issa Hayatou, atual presidente da Confederação Africana de Futebol.
Além Blatter e Platini, o comitê de ética afastou também Jerôme Valcke, que deixou recentemente o cargo de secretário-geral após denúncias de envolvimento num esquema de venda de ingressos. Outra decisão anunciada foi o banimento do cartola sul-coreano Chun Mong-joon, que também era candidato à presidência da Fifa. Ele é acusado de envolvimento no esquema de compra de votos na escolha das sedes das Copa de 2018 (Rússia) e 2022 (Qatar).
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