O poeta, dramaturgo, crítico de artes plásticas e tradutor Ferreira Gullar foi eleito na tarde desta quinta-feira (9/10) pelos imortais da Academia Brasileira de Letras para ocupar a cadeira 37, que pertencia ao poeta Ivan Junqueira. Gullar concorreu com José William Vavruk, José Roberto Guedes de Oliveira e Ademir Barbosa Júnior, mas sempre foi considerado favorito absoluto desde que seu nome foi cogitado.
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Gullar, 84, recebe convites para se candidatar há mais de 20 anos, mas dessa vez, cedeu aos convites. Ele é o sétimo ocupante da cadeira 37, que já pertenceu a Silva Ramos, fundador – que escolheu como patrono o poeta Tomás Antônio Gonzaga –, Alcântara Machado, Getúlio Vargas, Assis Chateaubriand e João Cabral de Melo Neto.
Antes da eleição, o poeta disse ao Correio que estava muito confiante e que começou a costurar algumas ideias para o discurso de posse, que deve acontecer no início de 2015. Sobre o título de imortal, o poeta diz que é apenas uma metáfora. \”O que importa é a função cultural que a academia tem, a função cultural que ela ganhou. Além do histórico de membros como Machado de Assis e tantos outros.\” Ferreira Gullar diz que se cansou de recusar os convites para se candidatar. \”Os amigos, que ao longo desses anos entraram para academia, me convenceram. Tenho vários amigos acadêmicos que me convidavam e eu sempre recusava. Comecei a me achar muito ranzinza (risos). Isso contribuiu e a própria academia mudou, está mais aberta. Era uma entidade mais fechada e agora trata de temas importantes da atualidade.
Ainda neste mês, os membros da ABL vão eleger mais dois novos colegas como imortais. Os favoritos são Evaldo Cabral de Melo e Zuenir Ventura, para as cadeiras de João Ubaldo Ribeiro e Ariano Suassuna, respectivamente.