José Matos
“A plantação é livre, mas a colheita é obrigatória”, ensinam os mestres das mais diversas tradições. Deus criou seus filhos simples e ignorantes e lhes deu o livre arbítrio para que se guiem com base em suas descobertas e no auxílio dos mestres, profetas, educadores etc, em todos os lugares e em todas as épocas.
“O mundo nunca teve falta de mestres. O mundo sempre teve falta de discípulos. Existem caminhos suficientes, mas não existem quem os trilhe. Os caminhos são muitos; os viajantes são poucos”. Com o livre arbítrio e a ajuda dos mestres, a humanidade evolui vagarosamente, porque o encantamento com o fácil e o mal, devido ao egoísmo, ainda predomina em todos os meios.
O problema para o futuro, que se verifica hoje, é a recusa em ter filhos por opção dos casais. É o livre arbítrio deles, mas se tiver reencarnação, como ensinam espíritas, budistas e hinduístas, como voltarão? Pela Lei de Retorno, não terão úteros para acolhe-los. “A plantação é livre, mas a colheita é obrigatória”.
Além dos casais sem filhos, temos uma nova conduta: a opção de permanecer solteiros e na casa dos pais. Amigas solteiras do Rio Grande do Sul me confessaram que os rapazes de lá não estão aceitando nem namorar, apenas, “ficar”.
São os novos tempos. Talvez estejamos caminhando para a era profetizada por Chico Xavier: crianças geradas em úteros artificiais. “Os cientistas demorarão, mas os desenvolverão”, afirmou o Mestre Chico.
Estamos no século da transição, ensinam muitas tradições espiritualistas. E todas as experiências, no fundo, não passam da busca do ser humano pela felicidade, a tão falada nova era. Como será? Uma era de paz, como creem os esoteristas?
O apóstolo João no Apocalipse apenas se referiu a um novo Céu e a uma nova Terra. Somente com a compreensão do estado de interdependência em que vivemos e com a necessidade de cooperação isto será possível.
Fora da educação não há solução. “Busque o Reino de Deus e sua Justiça e tudo mais será dado de acréscimo”, ensinou Jesus. Ajude o pobre, ensinou Maomé. Medite, seja compassivo e desapegado, ensinou Buda.